Saúde

Ações preventivas marcam o Dia Mundial do Rim

Em São Luís, hospitais como a Maternidade Marly Sarney, por exemplo, realizam ultra-sonografias em crianças com 72 horas de nascimento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

Nos últimos seis anos, vem aumentando o número de pacientes que procuram os hospitais de São Luís queixando-se de doenças renais. Foi por esta razão que as unidades que integram o Sistema Único de Saúde adotaram medidas preventivas. Segundo a médica nefrologista Janeide Alves, o mais correto é que essas doenças sejam detectadas nos primeiros anos de vida. Na capital, hospitais como a Maternidade Marly Sarney, por exemplo, realizam ultra-sonografias em crianças com 72 horas de nascimento.

“As doenças renais podem decorrer de diversos fatores, como má formação dos rins e as mães precisam ficar atentas ao aparecimento de possíveis infecções urinárias em seus filhos. Isto deve ser observado logo no primeiro ano de vida, já na maternidade”, frisou a médica.

O ideal, em se tratando de prevenção, é ingerir bastante água e evitar alimentos com alto teor de sódio. Ontem, “Dia Mundial do Rim”, o alerta saiu dos hospitais e chegou às escolas de forma lúdica. A ideia era mostrar a importância dos rins para o corpo humano, uma vez que são os responsáveis pela eliminação dos resíduos tóxicos produzidos pelo organismo, como a uréia e o ácido úrico. Sua função é filtrar, limpar e depurar.

Adoção de hábitos

No bairro Vila Embratel, alunos da escola de reforço Nossa Senhora de Fátima receberam um grupo de universitários residentes do Hospital Presidente Dutra, acompanhados de nutricionistas e terapeutas ocupacionais. Usando fantoches, os acadêmicos explicaram às crianças a importância da adoção de hábitos mais saudáveis para evitar as doenças renais.

“Explicamos a elas, entre outras coisas, que é preciso evitar alimentos gordurosos e salgados. Ao mesmo tempo, ressaltamos a importância da ingestão de muita água para o bom funcionamento dos rins”, destacou a nutricionista Heulenmacya Rodrigues de Matos.

A professora Maria de Fátima Barros Martins recebeu os acadêmicos e profissionais de braços abertos e mostrou-se interessada na atividade realizada. “O que eles estão fazendo é um trabalho preventivo, pois tudo começa na infância, inclusive a adoção de hábitos mais saudáveis”, disse.

O ser humano possui dois rins, de cor vermelho-escuro em forma de um grão de feijão. Em uma pessoa adulta, eles medem 12cm cada e pesam entre 130 a 170g. Localizam-se nas costas, um de cada lado da coluna, e são protegidos pelas últimas costelas. Passam pelo rim aproximadamente 1.200 a 2.000 litros de sangue por dia, que chegam pelas artérias renais. No interior dos rins, as artérias dividem-se em vasos, cada vez menores, até formarem um enovelado de vasos muito finos que constituem o glomérulo: o verdadeiro filtro do rim, por onde o sangue passa e é filtrado, eliminando todas as substâncias indesejáveis via urina.

O rim pode ser atingido por doença de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária. A primeira atitude da pessoa é observar a urina, seu volume, sua cor, seu cheiro e a maneira como é eliminada (jato). O volume de urina pode estar aumentado ou diminuído. Grandes volumes diários de três a quatro litros ocorrem na diabete e podem ser a manifestação inicial de outras doenças renais. A cor pode se manifestar turva, esbranquiçada ou sanguinolenta.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), ano passado, mais de 1,5 milhão de pessoas estiveram em terapia renal substitutiva (diálise peritoneal, hemodiálise ou transplante renal), sendo 100 mil só no Brasil. Por meio de exames extremamente simples, é possível detectar precocemente um portador de alguma alteração renal e tomar medidas preventivas para evitar a evolução da doença.

A urina

A urina é formada pela eliminação da água desnecessária, dos sais e outros produtos que não devem ser acumulados no nosso sangue. A quantidade diária de urina formada a partir de 1.200 a 2.000 litros de sangue que passam pelo filtro renal é da ordem de 1,2 a 1,5 litros de urina por dia. Partindo do rim, a urina inicia a sua caminhada para o exterior, descendo pelo ureter, chegando à bexiga e saindo pela uretra. Na urina, são eliminados, diariamente, além da água, sódio, cálcio, fósforo, uréia, ácido úrico e outros produtos do catabolismo do organismo. O trabalho metabólico aproveita o que serve para o organismo e rejeita o que não deve ser assimilado (produto catabólico) e envia ao rim para ser eliminado por ser desnecessário.

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