Sem segurança

Obras da USC na Cidade Olímpica estão paradas

De acordo com moradores da região, serviços na Unidade de Segurança Comunitária não foram concluídos pela empresa responsável

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Obra de prédio da USC, no bairro Cidade Olímpica, está parada
Obra de prédio da USC, no bairro Cidade Olímpica, está parada (Obra USC)

As obras da Unidade de Segurança Comunitária (USC), localizada na Rua 17, Travessa P, no bairro Cidade Olímpica, foram paralisados pelo Governo do Estado. De acordo com moradores da região, os serviços não foram concluídos pela empresa responsável, que teria abandonado o can­teiro dos trabalhos há pelo menos um ano.

No local, pelo menos 70% do trabalho foi concluído, incluindo as salas. No entanto, ainda falta o acabamento dos arredores do terreno, além da conclusão do muro que cercará a USC. Até mesmo uma câmera do sistema de videomonitoramento permanece instalada no local onde deveria funcionar a unidade da Polícia Militar (PM).

Material abandonado
Além dos serviços inacabados, é possível ver ainda milhares de tijolos, carradas de areia e ferramentas que possivelmente estavam sendo usados pelos ope­­rários, antes do abandono. Segundo o morador José de Arimatéia Nunes, que reside a poucos metros do terreno, funcionários da empresa não deram explicação sobre o abandono da obra. “Acredito que tenha sido por não receber salários. Os operários saíram e não deram nenhuma explicação”, disse.

De acordo com a placa fixada na entrada do terreno onde funcionaria a USC, os serviços custariam R$ 444.113,35, oriundos de parceria entre os governos Federal e Estadual. Ainda segundo a placa, os serviços foram iniciados no dia 3 de julho de 2014.

Caso estivesse entregue, a USC poderia atenuar os índices de insegurança em um dos bairros mais violentos da capital maranhense. No dia 14 do mês passado, conforme consta no relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), em seu site oficial, a vítima – identificada por José de Ribamar Nascimento Júnior – de 26 anos, foi assassinada com vários tiros em via pública, no bairro.

Além de assassinatos, a USC também combateria os assaltos na região, especialmente a coletivos. Atualmente, a capital maranhense possui as USCs do Coroadinho e da Vila Luizão/Divineia. Apesar da presença das USC, a violência ain­da não foi minimizada. No dia 27 de janeiro deste ano, O Estado mostrou que – mesmo situada a poucos metros da USC – a UEB João de Souza, na Vila Luizão, foi invadida por assaltantes.

Procurada por O Estado, a SSP informou que já “está adotando as medidas para que os trabalhos de construção sejam retomados”. No entanto, a pasta não informou sobre o porquê da suspensão dos trabalhos.

NÚMEROS
70%
da obra foi concluída, mas serviços estão paralisados

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