Combate a dengue

Mutirão contra o Aedes acontece hoje em escolas de São Luís

Ação na Vila Embratel, a partir das 8h, contará com a presença da ministra da Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Gomes; SES disponibilizará materiais educativos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

Ao lado de unidades de ensino, o perigo. Algumas escolas de São Luís, por ausência de saneamento bá­sico, apresentam focos do mosquito Aedes aegypti. Para inibir o problema, será realizado o Dia Nacional de Educação contra o Zika, mobilização do Governo Federal em parceria com governos estaduais, hoje, a partir das 8h, na Vila Embratel. A ação terá presença da ministra da Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Gomes.

Na Unidade Integrada Roseana Sarney Murad, na Rua 11, no bairro São Francisco, uma caixa de esgoto e uma vala bem em frente à escola são criadouros do Aedes. No local, O Estado constatou que, na tarde de ontem, em meio a objetos velhos, a água parada acumulava larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e febre chikungunya.

Uma funcionária da escola, que não quis se identificar, confirmou que a falta de limpeza no local não ocorre há vários anos. “ É grande a quantidade de mosquitos na escola e o risco de qualquer pessoas ser contaminada por essas doenças é grande”, assinalou. Outras pessoas também informaram que o problema é antigo. “ Os agentes de saúde estiveram aqui há alguns dias, mas não fizeram nada para resolver o problema”, contou o auxiliar de serviços gerais, Luciel Silva Moraes, morador da Rua 11 do São Francisco.

Ainda de acordo com ele, para tentar combater as larvas presentes em água parada ao lado da escola, os moradores decidiram comprar frascos de água sanitária para combater a proliferação de mosquitos. “ Foi a alternativa que encontramos para matar as larvas do Aedes", disse o auxiliar.

Na Unidade de Ensino Maria Rocha, na Areinha, uma vala situada a poucos metros da escola também incomoda alunos e funcionários. “ Aqui a noite tem muita muriçoca, já que na vala tem muita água parada”, disse a dona-de-casa Maria José de Fátima, de 39 anos, que tem filhos estudando na unidade escolar. Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de São Luís não se manifestou sobre a situação

Mutirão

O mutirão organizado pelo Governo do Estado na Vila Embratel hoje terá concentração na Praça Sete Palmeiras. No local, a SES vai disponibilizar materiais educativos, como panfletos e cartazes. De acordo com os organizadores, o enfoque da ação é conscientizar estudantes, professores, profissionais da escola e pais sobre o ciclo de vida do mosquito.

A Prefeitura de São Luís e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) também realizarão hoje, em locais distintos, ações de combate ao mosquito. A instituição de ensino superior, com base em orientação do Ministério da Educação (MEC), fará, a partir das 8h, panfletagem na entrada da Cidade Universitária, no Bacanga, e nos terminais de integração da Praia Grande e Cohama. Já na Cidade Operária, a Prefeitura realizará controle vetorial do mosquito com visitas domiciliares.

Casos

O mosquito Aedes aegypti contaminou 199 pessoas somente no primeiro mês deste ano em São Luís (excluindo São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar), de acordo com a Vigilância Epidemiológica de Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Foi confirmado, conforme investigação, um caso de óbito de uma idosa na área Itaqui-Bacanga, que estava com dengue hemorrágica.

Do total de casos suspeitos registrados, 132 são relativos apenas à dengue. Outros 52 casos de febre chikungunya foram notificados somente nos 30 primeiros dias de 2016 e 15 pessoas estão com os sintomas do zika vírus. O número de casos suspeitos de febre chikungunya este ano, por exemplo, é quase a metade do índice registrado em todo o ano passado na capital maranhense, quando 120 registros da enfermidade foram notificados.

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