Mudanças

Governo estuda reformas previdenciária e trabalhista

Nelson Barbosa disse que há discussão avançada sobre as propostas com representantes sindicais e Jaques Wagner anuncia reunião da equipe econômica para tratar do assunto na próxima segunda-feira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52
Nelson Barbosa disse que governo pretende enviar propostas ao Congresso no primeiro semestre de 2016
Nelson Barbosa disse que governo pretende enviar propostas ao Congresso no primeiro semestre de 2016 (ministro)

BRASÍLIA

Além de encaminhar uma proposta de reforma da Previdência nos próximos seis meses, o governo pretende avançar na reforma trabalhista em 2016, disse ontem o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Em teleconferência com jornalistas estrangeiros, ele informou que as discussões com as centrais sindicais estão avançando e que há uma chan­ce de mudanças na legislação trabalhista no próximo ano.

Segundo o ministro, os debates no Fórum Nacional de Previdência e Trabalho resultarão em propostas conjuntas a serem enviadas ao Congresso. O fórum teve a primeira reunião em setembro, com a presença de representantes de trabalhadores, empresários, aposentados e pensionistas.

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, também anunciou ontem que a nova equipe econômica se reunirá segunda-feira, 28, para afinar o discurso sobre as propostas para a área no ano que vem. Na cerimônia de transmissão de cargo, Nelson Barbosa tinha anunciado que o governo pretende enviar ao Congresso, no primeiro semestre de 2016, a proposta de reforma da Previdência, principal fonte de gastos primários do governo. Horas antes, em teleconferência com investidores nacionais e es­trangeiros, ele disse que a proposta pode incluir uma idade mínima para aposentadoria ou flexibilizar a fórmula 85/95 para aumentar a pontuação requerida para receber o benefício integral.

Na teleconferência de ontem, Barbosa reafirmou o compromisso com o ajuste fiscal e o controle da inflação. Ele descartou a possibilidade de o governo instituir uma banda para a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em 2016. Na semana passada, o Congresso aprovou o Orçamento do próximo ano com meta de esforço fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), mas excluiu a possibilidade de o governo usar mecanismos de abatimento que per­mitiriam zerar a meta. A ideia havia sido defendida por Barbosa antes de assumir a Fazenda.

Em relação à inflação, Barbosa disse que os índices de preços devem cair em 2016 com o fim do realinhamento de preços administrados, como energia e combustíveis. Para reequilibrar as contas públicas, o ministro conta com a aprovação da CPMF até junho, para que o tributo comece a ser cobrado em setembro. Caso contrário, o governo terá de tomar medidas de ajuste tanto das receitas, com aumento de impostos, como das despesas, com novos cortes de gastos.

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