Aids

Brasil terá teste de farmácia para HIV em 2016, anuncia governo

Vendas estarão disponíveis ainda no primeiro semestre do próximo ano; taxa de detecção manteve-se estável: 19,7 casos a cada 100 mil pessoas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52
(Aids infográfico)

Brasília - Ainda no primeiro semestre de 2016, as farmácias brasileiras devem começar a vender autotestes para detecção de HIV. Até o momento, testes de HIV eram feitos somente com intermédio de profissionais de saúde em laboratórios, centros de referência e unidades de testagem móvel. O anúncio foi feito ontem, 1º pelo Ministério da Saúde em coletiva de imprensa para divulgar os dados mais recentes sobre Aids no Brasil por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autoriza o registro de produtos para autoteste de HIV foi publicada no Diário Oficial da União segunda-feira. “Espera-se que, até o final do primeiro semestre do ano que vem, qualquer brasileiro possa comprar seu teste de HIV na farmácia, levar para casa e fazer o teste”, disse o médico Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Segundo Mesquita, os testes de farmácia devem alcançar um nicho da população que deixa de se testar por vergonha de ir a um serviço de saúde ou pedir o exame ao seu médico. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, observou que, caso o teste dê positivo, é importante que a pessoa vá até um centro de referência e faça um teste definitivo para confirmar o resultado.

Taxa de detecção

Segundo os dados do novo Boletim Epidemiológico de HIV, divulgados nesta segunda-feira, a taxa de detecção de HIV se manteve estabilizada. Em 2014, foram 19,7 novos casos a cada 100 mil habitantes. Em 2013, a taxa de detecção tinha sido de 20,4 novos casos a cada 100 mil habitantes.

O Ministério da Saúde estima que existam aproximadamente 781 mil pessoas vivendo com HIV no Brasil, das quais 83% foram diagnosticadas. Estão em tratamento 405 mil pacientes.

A meta do governo é que, até 2020, 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas. Entre os diagnosticados, o objetivo é que 90% esteja em tratamento, dos quais 90% tenha a carga viral zerada. É a chamada meta "90 - 90 - 90".

Seguindo uma tendência observada nos anos anteriores, o número de novos casos é maior entre os jovens. "Nos preocupa a situação dos jovens. A Aids precisa ser encarada com a seriedade devida", disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

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