Estiagem

Sete cidades decretam situação de emergência no Maranhão, diz DCE

De acordo com a Defesa Civil Estadual, altas temperaturas atingem Brejo, Bequimão, Anapurus, Chapadinha, Grajaú, Arari e Itaipava do Grajaú

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
(As altas temperaturas tem contribuído para o surgimento de focos de incêndio)

A Defesa Civil Estadual (DCE) informou ontem que, até o momento, sete cidades maranhenses - Bequimão, Anapurus, Brejo, Chapadinha, Grajaú, Arari e Itaipava do Grajaú- decretaram situação de emergência em consequência das altas temperaturas registradas no Maranhão. De acordo com a DCE, caso a estiagem persista, outros municípios poderão ter a mesma decretação nas próximas semanas.

O repasse de verbas, por exemplo, para estas localidades, é facilitado em virtude da decretação. É preciso dar atenção às situações destas cidades cujas populações passam por dificuldades, em virtude da seca” Coronel Isac Matos, coordenador da Defesa Civil Estadual
De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Isac Matos, a situação de emergência foi confirmada devido aos prejuízos causados às lavouras e as produções pecuárias. “ Além disso, houve reflexos evidentes na economia local. Na responsabilidade de Defesa Civil, recebemos as demandas destas localidades e, em seguida, pareceres referentes às decretações foram encaminhados para o Governo Federal”, disse.

Ainda segundo o coronel, a decretação da situação de emergência facilita determinados procedimentos que, normalmente, teriam um tempo maior de duração. “ O repasse de verbas, por exemplo, para estas localidades, é facilitado em virtude da decretação. Por outro lado, novos investimentos nestas regiões ficam impossibilitados. É preciso dar atenção às situações destas cidades cujas populações passam por dificuldades em razão da seca”, afirmou.

Isac Matos disse ainda que caso a estiagem no estado persista, outras cidades poderão decretar situação de emergência nas próximas semanas. “ Devido às previsões meteorológicas, as temperaturas devem aumentar no estado. É preciso estar atento às novas decretações. Deveremos ter uma seca rigorosa e a Defesa Civil também intensificará os trabalhos preventivos para diminuir o impacto às populações”, informou o coronel.

Histórico de incêndios

De 2010 até 12 de outubro deste ano, o Maranhão registrou 135.162 incêndios (17.809 focos em 2015). O número é o maior já registrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que registra os dados via satélite há 17 anos. Em todo o ano passado, foram contabilizados 25.719 casos.

O recorde continua sendo de outubro de 2005, quando ocorreram 11.244 incêndios. A quantidade é quase cinco vezes maior que a máxima registrada em outubro de 2015, com 6.423 focos. Em 2014, foram 5.812 ocorrências de incêndio no mesmo período.

METEOROLOGIA

Temperaturas ficarão mais elevadas

De acordo com o Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), a grande variedade nas temperaturas dos Oceanos Pacífico e Atlântico é o fator preponderante para a forte estiagem no estado. Segundo o Núcleo, as temperaturas deverão ficar mais elevadas, nos próximos meses.

Para combater focos de incêndio, governo chileno encaminha ajuda ao Maranhão

Com a estiagem, aumentaram os casos de queimadas no Maranhão. Diante da gravidade do problema, o governo do Chile encaminhou, no domingo,18, ajuda ao município maranhense de Imperatriz para o combate aos focos de incêndio registrados na Reserva Araribóia, região sudoeste do estado.

De acordo com a administração municipal, aviões do Chile deverão desembarcar na cidade tocantina até hoje, 20, com cerca de 20 mil litros de substância que, diluída em água, ajuda nas ações de combate aos focos de incêndio, minimizando os impactos ambientais.

De acordo com o Ibama, até o momento, pelo menos 40% da reserva amazônica no sudoeste do Maranhão já foi prejudicado com o registro de focos de incêndio. Além de preservar importante reserva ecológica, a parceria entre Maranhão e Chile também deverá manter íntegra a região considerada de grande importância para tribos indígenas do estado, como os Guajajara e os Awa-Guajá.

Segundo o coordenador do Ibama na região, Marcio Yule, o trabalho é essencial para a manutenção de importante reserva do estado e do país. “ Com a ajuda do Chile, vamos tentar preservar áreas ou, pelo menos, minimizar os efeitos das queimadas em região do estado”, disse.

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