Insegurança

Profissionais de saúde exigem mais segurança

Eles se concentraram em frente ao Hospital Presidente Dutra e pediram mais policiamento; manifestantes afirmam que os assaltos na região são constantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
Manifestação de profissionais da saúde pediu mais segurança
Manifestação de profissionais da saúde pediu mais segurança (Protesto)

A falta de segurança levou profissionais da saúde do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUUFMA), no centro de São Luís, a se manifestarem no início da ma­nhã de ontem, pedindo pela redu­ção da violência na região e em to­da a capital maranhense. Durante o ato, eles interditaram por vários minutos a Rua Barão de Itapary, onde está localizada a unidade de saúde.

Inicialmente, os médicos se concentraram em frente ao hospital. Em seguida, foram para a pista e, com cartazes, expuseram a sua insatisfação com relação à falta de segurança na região central da cidade. Em outro momento, os manifestantes ficaram de mãos dadas e realizaram um abraço simbólico no HUUFMA.

Perigo
Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de outros profissionais do hospital, participaram do ato público. Conforme o relato dos manifestantes, quase diariamente são registrados assaltos na região, principalmente no início da manhã, e na maioria das vezes são as pessoas que trabalham ou que vão se consultar na unidade de saú­de as vítimas dos criminosos.

“Nós já saímos de casa com me­do. Quando estacionamos os carros até chegar ao hospital, também são momentos de medo. De noite, quan­do nós saímos, é a mesma situação. Com isso, nos sentimos desamparados, pois pagamos os nossos impostos e ficamos sem se­gurança”, disse Karlla Leal, médica do Hospital Presidente Dutra, que relatou ainda que já teve o celular roubado por criminosos, enquanto se dirigia ao hospital.

Durante o ato público, os manifestantes fizeram referência ao assalto a um ônibus que resultou na morte de José Raimundo Brito, de 65 anos, no início do mês. De acordo com os médicos, embora o assalto tenha ocorrido na Camboa, a vítima foi encaminhada para o Hospital Presidente Dutra, que não dispõem estrutura de urgência e emergência.

Não apenas os profissionais que trabalham na unidade de saúde, mas também as pessoas que vão em busca de atendimento médico no HUUFMA são penalizadas pela falta de segurança na região. “Quando venho me consultar, desço do ônibus na Praça Deodoro e venho andando até o hospital. É um caminho longo e perigoso, mas eu passo rápido e com medo de ser assaltada”, disse a assistente social Fernanda Abreu.

Procurada por O Estado, a Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento de Área Metropolitano I (CPAM), informou, em nota, que equipes do 9º BPM já reforçaram o patrulhamento na região do Centro de São Luis. Ontem, mais duas viaturas do 9º BPM foram deslocadas para cobrir a região do Centro, totalizando cinco viaturas na área.

Além das viaturas, mais uma equipe de motocicletas foi empregada no patrulhamento ostensivo nas principais vias da região central de São Luís, com atenção aos horários de maior movimentação durante o dia - de abertura e fechamento das lojas e início e término das aulas nas faculdades e escolas. Homens do Esquadrão Águia e do Batalhão de Choque também fazem pontos-base nas áreas do centro comercial de São Luís.

Ainda esta semana, o comando do 9º BPM se reunirá com a direção do Hospital Universitário para tratar das ações que serão realizadas na área.

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