Centenas de pessoas passaram na manhã de ontem pela Rua Grande na busca de última hora pelos presentes de Dia das Crianças. Apesar do movimento de consumidores, para os comerciantes e vendedores ambulantes, as vendas ficaram abaixo das expectativas para a data. Lojistas e camelôs apostaram em brinquedos nas portas das lojas e calçadas para garantir mais vendas.

Ontem foi Dia das Crianças e muitas pessoas aproveitaram que o comércio teve horário especial de funcionamento para comprar os presentes para filhos, sobrinhos, netos e etc. A Rua Grande, um dos maiores centros do comércio da cidade, foi um dos locais que muitas pessoas buscaram. Muitos pais foram acompanhados das crianças para que elas mesmas pudessem escolher o presente enquanto outros adultos foram sozinhos às compras e voltaram para casa carregando vários pacotes que surpreenderiam os pequenos.

Nem todas as lojas da via abriram, mas os lojistas que decidiram abrir as portas aproveitaram para colocar brinquedos expostos na frente das lojas. Muitas dessas lojas eram de confecções infantis, que adotaram esse atrativo com o objetivo de chamar mais a atenção dos consumidores. Bicicletas e motos elétricas foram alguns dos itens colocados à venda.

Vendedores ambulantes também não perderam a chance de garantir uma renda extra. Bonecos de princesas e super-heróis foram alguns dos produtos expostos. Com o menor movimento na via e sem fiscalização, as calçadas ao longo da Rua Grande foram tomadas por bancas, lonas e até barracas dos camelôs.

Para quem estava à procura de um brinquedo, a grande oferta de brinquedos expostos fora das lojas ajudou. Foi o que aconteceu com a diarista Dazinha Pereira. Ele deixou para comprar o presente da sobrinha na folga do trabalho e logo que chegou à Rua Grande optou por uma boneca de um filme infantil.

Oportunidade
De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Maranhão e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), 70,7% da população tinha a intenção de comprar algum presente para o Dia das Crianças. Foi com essa expectativa positiva que muitos lojistas e vendedores ambulantes abdicaram da folga que teriam para trabalhar.

Sílvio Pedro das Graças foi uma dessas pessoas. Assim como outras datas comemorativas, ele estava vendendo papéis para embalar presentes ontem. Cada rolo custava R$ 1. Mas para ele o movimento ficou abaixo do esperado. “Eu trabalho há 35 anos na Rua Grande. Vendo chapéu de Ribamar, faca, tesouras. Quando chega Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados, vendo papel de presente. Só que esse Dia das Crianças está fraco”, disse.

Quem também tinha grandes expectativas com o Dia das Crianças foram as gerentes de uma loja de confecções Flávia Helena e Tânia Medrado. As duas esperavam que o movimento fosse maior, por isso convocaram todos os funcionários para trabalhar no feriado, seguindo a Convenção Coletiva de Trabalho, que permitia o funcionamento das lojas das 8h às 14h.

SAIBA MAIS
Algumas lojas de eletrodomésticos, sapatos e confecções adultas da Rua Grande também funcionaram ontem aproveitando o movimento de consumidores no feriado.

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