Santiago – O fracasso na estreia das Eliminatórias, fez aumentar a desconfiança em relação Á Seleção Brasileira, sob o comando do técnico Dunga. Tanto que, mesmo a disputa esteja apenas começando, o time canarinho já entrará em campo sob pressão na próxima partida. Três dias depois da derrota por 2 x 0 para o Chile, na estreia do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo, e 48 horas do próximo jogo da competição, terça-feira, contra a Venezuela, na Arena Castelão, em Fortaleza, os jogadores da seleção tentam minimizar os efeitos do revés inicial e falam na necessidade de recuperação nas partidas seguintes. O volante Luiz Gustavo, por exemplo, disse que todo o grupo esperava um duelo complicado contra os campeões da Copa América. “A equipe estava jogando bem e vinha criando chances. Infelizmente, não conseguimos acertar o gol. Estávamos bem, mas tomamos um gol de bola parada em um erro nosso. A partir daí a equipe deles foi melhor e conseguiu a vitória”, avaliou Luiz Gustavo.

Mas, para o volante, o importante é se recuperar nas partidas que vêm por aí. “Agora precisamos levantar a cabeça. Sabíamos desde o começo que seria difícil e o importante é fazer com que seja ainda mais difícil para os adversários. Precisamos melhorar porque teremos dois anos complicados pela frente”, lembrou, lembrando que todas as equipes têm atletas de qualidade e que isso faz muita diferença.

O lateral direito Daniel Alves, por sua vez, está mais preocupado com o entrosamento, Ele defende que Dunga dê sequência para o time titular, pois é exatamente o que o Brasil precisa para engrenar na disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2018. “A obrigação da seleção é de sempre vencer. Às vezes as coisas funcionam bem, em outras nem tanto. Precisamos acreditar em nós e no grupo. Cada jogo é decisivo nas Eliminatórias. Temos um grupo que vai amadurecer dependendo da continuidade e da confiança que dermos aos jogadores. Não podemos oscilar em função de vitórias e derrotas. Esse grupo tem que continuar”, defendeu o jogador do Barcelona.

Convocado para substituir o lateral direito Rafinha, que pediu dispensa por “não se sentir parte do grupo”, Daniel Alves crê que a Seleção precisa evitar qualquer tipo de pressão para melhorar seu desempenho em campo. “Tudo que é feito com tranquilidade proporciona resultados melhores. Dificilmente encontraremos o equilíbrio se pensarmos só em função dos resultados”, advertiu.

Ricardo Oliveira, que voltou à seleção aos 35 anos, avaliou seu retorno ao time nacional de forma positiva. ”Não posso falar que dava para ter entrado antes no jogo. Procurei me movimentar na frente da área, já que tínhamos uma profundidade. Os jogadores estavam chegando pelos lados, então eu procurei dar aquela referência. Tive até duas finalizações ao gol”, afirmou.
Mas o atacante não escondeu a decepção com o resultado. “A gente perde por 2 x 0 e fica com um gosto amargo. Eles abriram bastante e tivemos chances no contra-ataque. Infelizmente saímos daqui com uma derrota, mas vamos levantar a cabeça para jogar dentro de casa”, disse. Ele frisou também que o Brasil não pode perder a confianças. “Na seleção, não pode faltar confiança de jeito nenhum. A obrigação de ganhar existe dentro de casa e fora. Onde nós formos teremos a obrigação de ganhar”, garantiu.

A próxima partida do Brasil será com a Venezuela, às 22 horas (de Brasília) terça-feira, no Estádio Castelão, em Fortaleza. O adversário da equipe canarinho foi a campo na primeira rodada contra o Paraguai, dentro de casa, e acabou derrotado por 1 x 0.

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