O 12º levantamento de safra, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma que a produção agrícola maranhense está em queda. De acordo com o levantamento do órgão, o estado colherá 4,135 milhões de toneladas de grãos, volume 3,8% menor que a produção registrada na safra passada. A perda chega a 165 mil toneladas.

Nem mesmo o bom desempenho da soja e a participação do feijão e algodão foram suficientes para que a produção agrícola do estado voltasse a se destacar entre os estados produtores. Ou seja, enquanto o Brasil avança com incremento de 8,2%, o Maranhão recua.

A cultura mais afetada por essa redução na safra de grãos no estado é o arroz, tradicional grão cuja produção não deve ultrapassar 496 mil toneladas, fazendo com que o Maranhão apareça apenas como o quinto maior produtor nacional. Esse volume corresponde a uma queda de 24,7%, ou seja, menos 162,4 mil toneladas se comparada à colheita da safra 2013/2014 (658,4 mil toneladas).

A baixa competitividade frente ao arroz importado de outros estados produtores, o alto custo de implantação da lavoura, a necessidade de condições hídricas favoráveis para se atingir bons índices de produtividade que compensem o investimento, reduziram as áreas com o cereal, além do que a falta de sementes fiscalizadas comprometeu a produtividade.

Para se ter uma ideia de como a cultura do arroz está perdendo sua importância na safra maranhense de grãos, a área plantada caiu 10,1%, saindo de 389,1 mil hectares para 349,8 mil hectares. A produtividade também segue a mesma trajetória, com perda de 16,2%.

O milho é outra cultura que está tendo grandes perdas. De acordo com os dados da Conab, o estado colherá 1,469 milhão de toneladas, queda de 15,2% em comparação ao volume de 1,725 milhão de toneladas colhido na safra 2013/2014.

O levantamento da Conab mostra que na atual safra, a área plantada de milho chegou a 514,3 mil toneladas, recuo de 15,2% em comparação à safra anterior.

Mais

Neste levantamento foram coletadas informações de área plantada, desenvolvimento fenológico, pacote tecnológico utilizado pelos produtores e condições climáticas. Essas informações são provenientes da colaboração de agrônomos, técnicos de cooperativas, de secretarias de Agricultura e órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros de mercado e de insumos.

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