Muito quente

Temperatura mais alta de São Luís foi registrada este mês

Na quarta-feira, dia 19, termômetros do Núcleo de Meteorologia da Uema registraram 35ºC na sombra, temperatura mais elevada do ano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55

São Luís registrou na quarta-feira, dia 19, a maior temperatura deste ano, 35ºC na sombra. A tendência é de que nos próximos meses sejam registradas temperaturas mais altas, uma vez que agosto é o primeiro mês da estação seca.

De acordo com Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), além de agosto, temperaturas elevadas devem ser registradas também nos meses de setembro, outubro e novembro, que também fazem parte da estação seca.

Após esse período, começa a fase de transição da estação seca para a chuvosa, que compreende os meses de dezembro e janeiro. Em seguida, aparece a estação chuvosa, que compreende os mês de fevereiro, março, abril e maio. Por fim, há um novo período de transição, dessa vez da estação chuvosa para a seca, que corresponde aos meses de junho e julho.

Sensação - De acordo com Andréa Cerqueira, do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), apesar de, na quarta-feira, dia 19, ter sido registrada a maior temperatura do ano até o momento, que foi de 35ºC na sombra, em determinados locais, a sensação térmica sentida pelas pessoas é de uma temperatura superior a essa.

"A sensação térmica varia de localidade para localidade. Se a pessoa estiver em um local arborizado ou então na praia, por exemplo, vai sentir uma temperatura mais amena. Mas se a pessoa estiver no centro da cidade ou em um local com muito asfalto, a sensação térmica é de um temperatura maior", disse Andréa Cerqueira.

Aumento - De acordo com estudos do Núcleo de Meteorologia da Uema, São Luís vem registrando um aumento de temperatura e uma redução do índice pluviométrico se comparado com os últimos anos, situações causadas principalmente pelo crescimento urbano desordenado dentro da capital maranhense.

De acordo com núcleo, os grandes prédios, principalmente aqueles construídos às margens da orla marítima da cidade, fazem uma espécie de barreira e impedem a circulação dos ventos, contribuindo para a elevação da temperatura e diminuição da quantidade de chuvas.

A emissão de gases poluentes pelos veículos, como o gás carbônico (CO2), também contribui para a elevação da temperatura da cidade. Hoje, a frota de automotores circulantes em toda a região metropolitana é de mais de 400 mil veículos (conforme estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão - Detran) e essa grande quantidade é responsável por intensificar o problema.

Cuidados - Por causa das altas temperaturas registradas, a população deve ficar atenta e tomar cuidados para evitar que o calor cause problemas à saúde. Além das sombrinhas, bonés, chapéus e bandanas, também são boas opções para amenizar o calor. Usar roupas de tecidos de algodão e malha - que absorvem o suor - e evitar tecidos sintéticos, que atrapalham a evaporação da transpiração, são outra ajuda. Também é importante evitar roupas de cores escuras, que absorvem mais o calor por não refletir a luz solar.

A dica mais importante de todas é não descuidar da hidratação. O indicado é que uma pessoa beba oito copos de água por dia e não é preciso esperar sentir sede para tomar o líquido.

Além de repor energias e favorecer o funcionamento adequado de músculos e nervos, a água tem efeitos benéficos para a pele, por hidratar e eliminar as toxinas resultantes da queima das células.

SAIBA MAIS
Outra consequência
do aumento da temperatura e a redução do índice pluviométrico em São Luís é a diminuição do nível do Reservatório do Batatã, que abastece grande parte dos bairro da Região Metropolitana de São Luís. De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o Batatã opera hoje bem abaixo da sua capacidade atual. Além disso, a queda da produção do setor hortifrutigranjeiro e o desconforto térmico também são consequências do aumento da temperatura na cidade.

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