Poluição

Problema em estação da Caema causa dano ao meio ambiente

De acordo com a direção do órgão, situação provocou o lançamento de resíduos oriundos de esgoto no Rio Calhau, que desemboca no mar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55

[e-s001]Um problema em um equipamento na estação elevatória da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), situada no bairro Cohajap, causou um dano grave ao ambiente, registrado por meio das redes sociais e ontem por O Estado. Por causa do problema, resíduos de esgoto da estrutura integrante da rede de saneamento básico da cidade caíram no Rio Calhau, causando um forte odor e uma mancha escura na água, mais precisamente no início da praia do Calhau (na Avenida Litorânea, nas proximidades da área do parquinho).

Segundo a direção da Caema, o problema na estação foi solucionado, ainda na tarde de ontem, o que deverá cessar a partir de hoje o lançamento da sujeira no rio e, em consequência, na orla da cidade.

Segundo técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam), que estiveram no local ontem, trata-se de um fato conhecido como "língua negra", composto pelo lançamento de resíduos sólidos, oriundos de redes sanitárias de esgoto, em afluentes de rios e lagos e que são despejados no mar. Após averiguarem o local, os técnicos da pasta municipal tiraram fotos e fizeram anotações que deverão constar em um relatório, a ser divulgado nos próximos dias.

[e-s001]A Semmam informou ainda que não foi o primeiro registro, este ano, de lançamento de resíduos em rios que desembocam na orla ludovicense. "No início do ano mesmo tivemos denúncia de que um determinado condomínio, localizado nas proximidades, estava despejando esgoto diretamente no mar. Fizemos a averiguação e conseguimos conter o quadro, evitando, naquele momento, um dano maior ao meio ambiente", disse o biólogo Júlio Portela, biólogo da Semmam.

Ainda segundo o biólogo, além de ser um dano à orla, a mancha também se caracteriza por ser prejuízo ao bioma da região. "Por aqui, especialmente nas margens do rio incluido nesta poluição, há manguezais que, sem a fonte necessária para sobrevivência, estão condenados com tanta sujeira", disse.

Apesar dos resíduos sólidos sendo despejados livremente na orla de São Luís, ainda era possível ver banhistas, a poucos metros do local do lançamento dos resíduos. "A gente banha, mas de forma desconfiada. Por outro lado, como estou com o meu grupo de amigos e curtindo alguns dias de folga, não há como não vir aqui e não desfrutar de um banho como esse", disse o estudante Jonatas Oliveira, de 21 anos, natural da cidade de Viana.

SAIBA MAIS
De acordo com a Secretaria Estadual
do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) - que periodicamente realiza estudos sobre as condições de balneabilidade da orla de São Luís -, todas as praias da cidade estão impróprias para banho. Segundo a pasta, os índices de coliformes fecais (considerando os níveis de água do mar colhida para os testes) estão acima das condições ideais estabelecidas pela legislação. No trecho em que há a "língua negra", ainda está fixada uma placa, instalada pela Sema, em que é informada sobre a interdição da área.

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