Que as redes sociais são um fenômeno não se pode negar. No Brasil, 92 milhões de pessoas têm perfil no Facebook, o que representa 45,40% dos brasileiros. E, apesar de muita gente ainda defender que redes sociais sirvam apenas para autopromoção ou para o compartilhamento de informações desnecessárias, semana passada São Luís pêde notar o quanto elas podem mobilizar as pessoas em torno de uma causa social.
No domingo, dia 19, Raimunda Vieira Rodrigues, 40 anos, faleceu. A correria do dia a dia poderia ter feito com que a notícia não repercutisse para muito além do povoado Santa Helena, comunidade próxima ao Quebra-Pote, zona rural de São Luís, onde morava. Mas, ao falecer, ela deixou os filhos trigêmeos de apenas três meses órfãos, morando na casa da avó, uma residência humilde de apenas quatro cômodos onde vivem 17 pessoas, das quais nove crianças, entre elas os três irmãos.
Rapidamente a história deles chegou às redes sociais e ao site de O Estado, onde a primeira das notícias publicadas ao longo da semana, no dia 22, teve mais de 17 mil compartilhamentos, via site, até o fechamento desta página. Na página do jornal nas redes sociais, imediatamente usuários postaram comentários querendo saber mais informações sobre as crianças e, principalmente, querendo ajudar. "Onde posso visitar e fazer doação?", perguntaram diversos usuários. "Tenho muita roupinhas do meu filho. Estarei doando", disse outra leitora.
Mobilização - A partir daí, diversos grupos, entidades, artistas e usuários comuns começaram a mobilizar campanhas, compartilhando fotos, notícias e postagens sobre a situação dos trigêmeos para arrecadar latas de leite, fraldas, berços e até auxílio médico para os irmãos. Raissa Queiroga publicou uma foto dos três irmãos e compartilhou no perfil do apresentador Luciano Huck, da Rede Globo, pedindo a ele que ajude a família das crianças. "O motivo de eu escrever para você é para pedir que reforme a casa deles. É de fazer pena o lugar onde eles moram", escreveu em sua mensagem para o apresentador. A postagem dela teve mais de 15 mil compartilhamentos com a hastag #ajudaluciano e quase 17 mil curtidas.
Em um grupo na rede social chamado 'Mães e pais em São Luís', que tem 4.451 membros, diversas pessoas fizeram postagens, pedindo ajuda para a família. Raimin Cutrim fez duas postagens sobre o caso. Na primeira, publicada na quarta-feira, dia 22, informou que tinha ido à casa da família e que as crianças precisavam de um pediatra. Na segunda mensagem ao grupo, postada no dia seguinte, divulgou o endereço disponibilizado por tios das crianças para a entrega das doações.
A cuidadora especialista Eliana Dias, responsável pela campanha na internet que desencadeou toda essa mobilização, informou que agora a campanha vai para uma segunda etapa, que é a arrecadação de material de construção para melhorar a casa da família. "Com relação a berços, alimentos e fraldas, a gente já conseguiu muita coisa. O total de berços doados já é superior a três. Agora, queremos expandir essa campanha em prol também dos irmãos mais velhos dos trigêmeos, pois eles também precisam de ajuda", disse.
Doações:
Conta para depósitos
Caixa Econômica Federal
Agência: 1576
Operação: 013
Conta: 001122450
Leticia Mendes Carneiro
Endereço para doações
Rua do Jipe, nº 82, bairro Aurora. (Ponto de Referência: Próximo ao antigo arraial 500 anos); São Luís – falar com a Josean Cantanhede ou Jaqueline.
Telefones
(98) 32451412 (Falar com Josefa, Jaqueline, Daivisson)
(98) 99975-7132 (Falar com Josean)
"No começo, nós evitávamos muito a internet, pois as pessoas poderiam pensar que a gente queria se promover. Hoje, nós divulgamos as quatro ações anuais, pois é uma forma de conseguirmos mais apoiadores"Diogo Tribuzi, voluntário do grupo Filhos de Helena
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