Assaltos

Insegurança é comum nos terminais de integração instalados em São Luís

Permanência de vigilantes não inibe ações de criminosos nesses espaços

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

[e-s001]Há menos de um mês a professora Luzinete Brito foi assaltada dentro do Terminal de Integração do São Cristóvão. Por volta das 18h, ela teve a bolsa furtada. A situação vivida pela professora é uma triste realidade dos cinco terminais de integração de São Luís. Por causa da segurança precária, as ações criminosas são constantes e os usuários sentem-se inseguros em permanecer no local. Problemas de infraestrutura e até a falta de vigilância agravam a situação de insegurança.

O Terminal de Integração do São Cristóvão é um dos mais movimentados de São Luís, pois atende moradores de bairros como a Cidade Olímpica, Cidade Operária, Jardim América e outros adjacentes. A área em que ele fica localizado, Avenida Lourenço Vieira da Silva, também é conhecida por ser uma região onde a insegurança é constante, sobretudo nos fins de semana. Por isso, quem utiliza o terminal diariamente diz que é preciso ficar atento. "Quando eu fui assaltada, foi tão inesperado. Nem vi o marginal se aproximar. Quando dei por mim, ele já estava correndo para fora, sem que ninguém o detivesse", afirmou Luzinete Brito.

E basta entrar no terminal para verificar as falhas que facilitam a ocorrência de crimes. No local, há seguranças privados, mas eles ficam próximos às catracas, por onde entram os passageiros após pagarem a tarifa de R$ 2,60. "Eles ficam parados. O certo seria ficarem circulando, para que todos os vissem e soubessem que há segurança no terminal. Mas no ponto em que eles ficam ninguém os vê", reclamou Eliana Moreira.

[e-s001]Outros casos - Mas o Terminal de Integração do São Cristóvão não é o único em que os usuários reclamam da violência. Na manhã de ontem, pouco antes de O Estado chegar ao Terminal de Integração do Maracanã, no Km 7 da BR-135, dois assaltos já haviam ocorrido. "Aqui acontecem assaltos todos os dias e a qualquer momento. Nunca estamos seguros", informou o vendedor Arnaldo Cardoso. Segundo ele, os vigilantes que trabalham no terminal e deveriam garantir a segurança dos passageiros não se envolvem nos casos de assalto. "É como se não houvesse ninguém além de nós", disse o vendedor.

Os usuários do Terminal de Integração Cohab/Cohatrac também reclamam da insegurança. A funcionária pública Fátima Pereira disse que a violência nos terminais é reflexo do clima de insegurança em toda a cidade. "Infelizmente, o terminal é mais um local de insegurança em São Luís. A cidade toda está violenta, mas os terminais são mais fáceis de garantir a segurança, pois basta colocar policiamento. Como é um local fechado, não há motivo para tantos assaltos", comentou.

No Terminal de Integração da Praia Grande, um problema que contribui para a violência é um buraco na grade dos fundos do local que facilita o acesso de pessoas sem a necessidade de pagar a tarifa. Segundo os usuários do terminal, muita gente aproveita para entrar à noite e praticar assaltos. "Esse problema é antigo. Tem vários anos que existe esse buraco e eles nunca resolvem. Quem padece com isso é a gente, que é obrigado a usar o terminal", afirmou o atendente Gustavo Pedreira.

São Luís tem cinco terminais - Praia Grande, Cohab/Cohatrac, São Cristóvão, Cohama/Vinhais e Distrito Industrial. A segurança dos locais era feita exclusivamente pela Guarda Municipal, mas a contratação de segurança privada foi necessária para garantir a tranquilidade de quem passa pelo local, sobretudo após a greve da categoria ocorrida ano passado e que deixou os terminais desprotegidos.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, e por meio de nota a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou que a segurança nos Terminais de Integração é realizada por agentes da Guarda Municipal em viaturas. Os guardas fazem a ronda de forma itinerante nos cinco Terminais de Integração de São Luís.

SAIBA MAIS
São Luís tem
cinco terminais de integração. O da Praia Grande, localizado na Avenida Beira-Mar, foi o primeiro a ser inaugurado, em 1996, durante a gestão da prefeita Conceição Andrade e atende principalmente à área do Centro, São Francisco, Itaqui-Bacanga, Monte Castelo e adjacências por meio das 65 linhas de ônibus que passam pelo terminal, que tem quatro plataformas e 23 pontos de parada de ônibus. O Terminal de Integração da Cohama/Vinhais, situado na Avenida Daniel de La Touche, foi o último a ser entregue pela Prefeitura de São Luís, inaugurado em 2006, durante a gestão Tadeu Palácio, para atender a população dos bairros Cohama, Angelim, Bequimão, Cohafuma, Ipase e adjacências, integrando 19 linhas de ônibus.

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