Retração

Faturamento das micro e pequenas empresas cai pela 5ª vez consecutiva

Fraco desempenho da economia impacta negativamente em todos os setores

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

São Paulo - O faturamento real das micro e pequenas empresas (PMEs) paulistas caiu pela quinta vez consecutiva no ano. Em maio, na comparação com o mesmo mês de 2014, o recuo foi de 10,2%, de acordo com a pesquisa mensal do Sebrae-SP.

Segundo o Sebrae, o fraco desempenho da economia brasileira tem impactado negativamente todos os setores. A queda do poder de compra da população tem reduzido o nível de consumo interno e, em maio de 2015 ante maio de 2014, os reflexos foram sentidos pela indústria (-17,4%), comércio (-4,5%) e serviços (-13,6%).

Fatores como o aumento do desemprego, o aumento da inflação e a decorrente piora na confiança estão tendo impacto direto nas receitas dos micro e pequenos negócios: em maio de 2015, a receita para o universo das micro e pequenas empresas paulistas foi de R$ 45,6 bilhões, o que significa R$ 5,2 bilhões a menos do que em maio de 2014.

Analistas do Sebrae avaliam que há mais gente sem emprego e os preços não param de subir, corroendo o poder de compra. Com menos para gastar ou medo de gastar, o consumidor se retrai e toda a cadeia é afetada.

Na micro e pequena empresa, ainda não se observa queda na ocupação, entretanto, o rendimento dos empregados declinou. No acumulado do ano (janeiro a maio), as micro e pequenas empresas paulistas apresentaram aumento de 1,2% no total de pessoal ocupado em relação ao mesmo período de 2014. No mesmo período, a folha de salários paga caiu 1,4% (já descontada a inflação do período), e houve ainda redução de 1,5% no rendimento real dos empregados.

Para o segundo semestre deste ano, 60% dos proprietários aguardam estabilidade quanto ao faturamento de sua empresa. Em relação à economia brasileira, 45% deles esperam manutenção no nível de atividade, ante 49% em junho de 2014. Outros 38% acreditam em piora no nível de atividade econômica no segundo semestre de 2015. Em junho de 2014, o percentual que esperava piora era de 22%.

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