Ruptura

Presidente da Câmara afirma que anunciará rompimento com o governo nesta sexta, diz mídia

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que anunciará seu rompimento com o governo nesta sexta-feira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56
(Presidente Eduardo Cunha fez críticas ao PT)

Pessoa-chave em um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que anunciará seu rompimento com o governo nesta sexta-feira, segundo notícias da mídia.

A decisão foi tomada depois de ser acusado na quinta-feira por um dos delatores da operação Lava Jato de pedir 5 milhões de dólares em propina. Em resposta, Cunha acusou o delator, o empresário Júlio Camargo, de mentir sob pressão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e afirmou enxergar no episódio uma ação "estranha" do governo.

Notícias nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo e nas revistas Época e Veja falam do rompimento de Cunha. À Época, o presidente da Câmara disse que “não há mais volta, a partir de hoje, minhas relações com o governo estão rompidas”.

Cunha disse à Reuters que as informações procedem, "mas falarei só em coletiva hoje às 11h".

O PMDB de Cunha é o maior partido da coalizão governista e a legenda do vice-presidente da República, Michel Temer, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

Desde sua eleição como presidente da Câmara em fevereiro, o peemedebista tem sido uma dor de cabeça para o governo. Aproveitando-se da baixíssima popularidade de Dilma, ele assumiu o controle da agenda Legislativa e impôs algumas derrotas ao governo no Congresso.

Ao comentar as acusações de envolvimento em esquema investigado pela Lava Jato, Cunha disse a jornalistas que "há um objetivo claro de constranger o Poder Legislativo".

Na quinta-feira de manhã, antes das notícias com a acusação contra ele, Cunha disse que pretendia ter em 30 dias uma posição sobre um pedido de impeachment de Dilma protocolado na Câmara. Cabe ao presidente da Câmara acatar ou não um pedido de impeachment, que pode levar a um processo pelo afastamento do presidente da República.

“Na tese, a minha posição é que o impedimento tem que ser usado na forma da Constituição e não como recurso eleitoral”, disse na manhã de quinta. “Essas coisas têm de ser resolvidas na política... O Brasil tem um histórico de democracia se consolidando no tempo, não dá para a gente andar para trás.”

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