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Hotéis mantêm ocupação baixa durante férias em SL

Reservas chegam a 50%, taxa abaixo da expectativa para o período; crise econômica e pouca opção de lazer são possíveis causas

Andressa Valadares / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

Começou o período de férias, mas o setor hoteleiro em São Luís ainda não respira os bons ares que trazem esse período. É que a taxa de ocupação dos hotéis este ano está bem abaixo do esperado para a temporada. Em alguns deles, o número de reservas chega apenas a 50%, o que é considerado baixo para o período. A crise econômica que atinge o país e as poucas opções de lazer na capital são apontadas como os principais fatores responsáveis por esse cenário.

Desde julho do ano passado que a situação tem sido essa. Já deu vontade até de fechar, pois o hóspede não está vindo e não estamos tendo lucro” Ellen Salomão, gerente do Hostelling International Solar das Pedras
Por ser uma cidade litorânea, São Luís tem tudo para estar entre os principais roteiros turísticos do país. No entanto, a situação da balneabilidade das praias afasta esse potencial. Além disso, apesar de ter um Centro Histórico que carrega o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, a falta de segurança na região da Praia Grande e as péssimas condições do acervo arquitetônico também prejudicam o turismo.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MA), a taxa de ocupação da rede hoteleira associada neste período de férias está em torno de 50%, percentual considerado bem abaixo do esperado. Ellen Salomão, gerente do Hostelling International Solar das Pedras, localizado na Rua da Palma, na Praia Grande, confirma a estatística e conta que, desde o ano passado, a procura de hóspedes pelo estabelecimento tem caído bastante.

“Desde julho do ano passado que a situação tem sido essa. Já deu vontade até de fechar, pois o hóspede não está vindo e não estamos tendo lucro, então não temos como manter a infraestrutura. Acredito que a crise financeira pela qual está passando todo o país e a falta de segurança na nossa cidade, principalmente na Praia Grande, são dois fatores que têm afastado os turistas”, assinalou.

Corporativo – Em contrapartida, a demanda de hóspedes corporativos se mantém dentro do esperado. No Hotel Luzeiros, por exemplo, a previsão de ocupação neste mês é de 70%, média considerada satisfatória, uma vez que o empreendimento é mais voltado para o turismo de negócios e nem tanto ao de lazer, segundo o diretor de operações do Luzeiros, Dagoberto Silva.

No hotel Holiday Inn, no São Francisco, a situação se repete. De acordo com Saulo Bezerra, gerente de receita do hotel, durante a semana o estabelecimento tem mantido uma taxa de ocupação entre 80% e 100%, com um público essencialmente corporativo. No entanto, esse número cai durante o fim de semana, o que ele atribuiu à falta de opções de lazer da capital.

“Durante a semana temos uma taxa de ocupação muito boa, mas que cai quando chega o final de semana, pois São Luís não tem tantas opções de lazer. De dois anos para cá tem tido essa queda. Os hóspedes que vêm a lazer reclamam principalmente da falta de infraestrutura da cidade”, pontuou.Setor

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