SÃO PAULO - Depois da chia, da quinoa, da granola, da aveia, o grão da vez é a cevada. Originário do Oriente Médio e mais conhecido pelos brasileiros como o principal ingrediente da bebida "paixão nacional", a cerveja, o grão é a nova aposta dos especialistas em nutrição para quem vive em busca constante pelos chamados "superalimentos".
Com valor nutricional excelente, rico em beta glucana (tipo de fibra solúvel com propriedade funcional), minerais como selênio e também polifenóis (compostos orgânicos com propriedades antioxidantes), a cevada pode trazer inúmeros benefícios à saúde global humana.
O grão de cevada é composto principalmente de carboidratos (50 a 75% de amido), proteínas (11 a 12%) e lipídeos (em quantidades menores). Além da já sabida relação com a redução de colesterol, estudos têm demonstrado que os compostos orgânicos do cereal possuem poderosa ação antioxidante, imunológica, digestiva, entre outras descobertas.
Superalimento - "Na prática, os estudos demonstram que a cevada é um poderoso alimento, bastante completo, com auxílio na redução do colesterol, combate à obesidade e até à hipertensão. Trata-se de um alimento ideal para quem quer ter uma dieta balanceada dentro de um estilo de vida ativo", resume a nutricionista Andrea Zaccaro, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva.
A utilização desse poderoso cereal como ingrediente é vasta, incluindo a cerveja, farinhas e seus subprodutos, como pães, massas e bolos, compondo cereais matinais, entre outros. "Além disto, o grão intacto pode ser bastante versátil e consumido por meio de receitas e preparações diversas, como saladas, com legumes, misturado ou como variação ao arroz, em sopas etc., basta usar a criatividade", explica Andrea Zaccaro.
Entretanto, não são todas as pessoas que podem consumir a cevada. Como o trigo, a cevada também contém glúten. Assim, pessoas com doença celíaca não podem consumir as receitas que levam o grão - nem seus derivados, como a cerveja.
Cerveja possui antioxidantes
As propriedades antioxidantes da cevada também estão na cerveja em quantidades menores. "Cerca de 70% dos antioxidantes que presentes na cerveja originam-se da cevada, como as beta glucanas e as isoflavonas.
Os outros 30% vêm do lúpulo, como o xanthohumol e o isoxanthohumol" explica Andrea Zaccaro, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva.
De acordo com a nutricionista, assim como o vinho, a cerveja pode ser apreciada em quantidades moderadas - duas latinhas para o homem e uma para a mulher por dia - e assim, pode fazer parte de um estilo de vida equilibrado.
Para ela, a cerveja não precisa ser retirada da dieta, ao menos que por motivos de saúde não se possa fazer ingestão alguma de álcool, além do consumo abusivo ser repreensível.
"Feita de ingredientes naturais como lúpulo e malte de cevada, a cerveja, quando apreciada com moderação, não oferece riscos", pondera.
Principais nutrientes
Fibras - Auxiliam no controle do colesterol e dos açúcares no sangue.
Selênio - Antioxidante e carro-chefe na proteção da tireoide.
Magnésio - Leva o cálcio até os ossos.
Manganês - Ajuda o organismo a reter o cálcio.
Complexo B - Vitaminas com função de proteção neurológica.
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