Depositar lixo em terrenos urbanos é prática recorrente em São Luís. Em alguns bairros, há terrenos onde o lixo vai se acumulando e até avançando para as vias, atrapalhando o trânsito e o tráfego de pessoas. Isto sem falar no mau cheiro decorrente, que resulta da grande quantidade de material descartado.
Quem circula na cidade, observa com facilidade que há terrenos onde lixo residencial e restos de móveis são depositados diariamente. É o caso que ocorre em um terreno às margens da Rua Santa Quitéria, próximo à Clínica Eldorado, no Jardim Eldorado, entre os bairros Cohama e Turu. Lá, são colocados, principalmente, restos de móveis, mesas, cadeiras velhas e entulho.
O que era para ser uma área de lazer para os moradores, virou terreno de descarte de todo tipo de objetos que não servem mais aos moradores da área e de localidades próximas. É muito comum observar-se pessoas desfazendo-se de materiais no terreno, inclusive com o uso de bicicletas e carros de mão.
“Tem gente que vem de outras ruas e até de outros bairros para jogar o que não presta aqui. Acho um absurdo e uma falta de respeito. Isto aqui é uma área verde e o entulho vai atraindo lixo e outras coisas que atraem mais coisas e assim sucessivamente”, disse Maria de Lourdes Veras, que reside nas proximidades.
Cohaserma - O descontentamento de Maria de Lourdes é o mesmo de quem mora no bairro Cohaserma, onde também há terrenos vazios nessa mesma situação. Quem passa pela Rua 13, por exemplo, depara-se com muito lixo e restos de móveis ali jogados e misturados ao mato. O lixo avança para as vias e deixa a área com aspecto de lugar abandonado.
Em um dos terrenos, a prefeitura fincou placa com um aviso: “Acabe com a dengue. Mantenha este local sempre limpo”. Trata-se da campanha batizada de “São Luís mais limpa”, mas a tentativa de preservar a área foi em vão, pois ninguém respeita o apelo.
Em um dos terrenos, há cerca, mas em um dos trechos ela está quebrada, como que propositalmente, para que pessoas possam ultrapassar e jogar lixo. “Infelizmente, as pessoas não têm educação. Acredito que se levassem uma multa, pensariam duas vezes, mas estamos no Brasil”, desabafou e lamentou o morador Roberto Jânio Ribeiro.
Para os moradores de bairros onde há terrenos vazios, a melhor maneira de resolver o problema seria transformá-los em áreas de lazer, como construir uma praça, por exemplo. Os terrenos particulares, por outro lado, deveriam ser cercados e protegidos com cercas elétricas, para que pessoas mal intencionadas não tivessem acesso.
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