Crise

Mercado de trabalho perde 115,5 mil postos formais em maio em todo o país

No acumulado do ano, o Brasil já perdeu quase 244 mil vagas com carteira assinada e nos últimos 12 meses o número chega a 452,8 mil postos fechados

Agências

Atualizada em 11/10/2022 às 12h57
Empregos formais recuam no país
Empregos formais recuam no país (Empregos formais recuam)

Brasília - O Brasil registrou retração de 115.599 empregos com carteira assinada no mês de maio, na comparação com abril. No período, foram admitidos 1.464.645 trabalhadores, número inferior ao das admissões registradas no mesmo mês, 1.580.244. O saldo representa queda de 0,28% no número de vagas no mercado de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. Em maio de 2014, o saldo de empregos formais foi positivo em 58.836 vagas.

No acumulado do ano, houve decréscimo de 243.948 vagas. No acumulado dos últimos 12 meses, a retração chega a 452.853 postos de trabalho, o que, segundo o ministério, corresponde a um declínio de 1,09% no contingente total de empregos com carteira assinada do país.

Dos oito setores pesquisados, apenas um obteve saldo positivo: a agropecuária, que abriu 28.362 vagas, 1,83% a mais do que o resultado de abril.

Em termos absolutos, a indústria da transformação foi o setor que registrou a maior queda, com eliminação de 60.989 postos de trabalho, variação negativa de 0,75% na comparação com abril. Em termos proporcionais, o pior resultado foi o da construção civil, que teve queda de 1% na comparação com abril, o que corresponde a 29.795 vagas a menos. O setor de serviços também registrou queda, com o fim de 32.602 empregos formais.

São Paulo foi a unidade federativa que mais demitiu, com redução de 23.037 postos de trabalho. O segundo pior resultado foi o do Rio Grande do Sul (-15.815), seguido pelo Rio de Janeiro (-11.105) e Minas Gerais (-10.024). Com retração de 2,73% no número de vagas, Alagoas foi o estado com pior resultado em termos proporcionais.

Apenas quatro estados obtiveram saldo positivo: Mato Grosso do Sul, com ampliação de 534 vagas; Goiás , com mais 333; Acre, com mais 193; e Piauí, que criou 63 vagas.

Empregos formais na indústria recuam 0,9% no período

O emprego na indústria brasileira caiu 0,9% em abril deste ano, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a quarta queda consecutiva do indicador, fazendo com que a indústria nacional acumule perda de 2,1% nos postos de trabalho no período.

Na comparação com abril de 2014, houve queda de 5,4% nos postos de trabalho. Houve recuos também no acumulado do ano (-4,8%) e no acumulado de 12 meses (-4,1%).

O resultado da comparação com abril do ano passado (-5,4%) foi provocado por queda nos 18 setores pesquisados, com destaque para meios de transporte (-10,5%), produtos de metal (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,4%), alimentos e bebidas (-2,7%), máquinas e equipamentos (-6,8%) e outros produtos da indústria de transformação (-8,7%).

A Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários (Pimes) também registrou resultados negativos no número de horas pagas e na folha de pagamento real, em todas as comparações. O número de horas pagas caiu 1,1% na comparação com março deste ano, 6% na comparação com abril de 2014, 5,4% no acumulado do ano e 4,8% no acumulado de 12 meses.

Já a folha de pagamento real teve recuos de 0,9% na comparação com março deste ano, 5,3% em relação a abril do ano passado, 5% no acumulado do ano e 3,3% no acumulado de 12 meses.

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