Entrevista/ Gustavo Mostof

Violência impacta no turismo

Diretor da RioTur foi um dos participantes do I Seminário de Carnaval, ontem, em São Luís

Andressa Valadares

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

Palestrante do I Seminário de Carnaval, realizado ontem, no Hotel Abbeville, o diretor de Operações da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (RioTur), Gustavo Mostof, apresentou o caso de reestruturação do Carnaval do Rio de Janeiro e falou como a criação de um ambiente seguro pode ajudar a aquecer o turismo, enfocando inclusive a situação de São Luís.

Em entrevista a O Estado, ele contou como funciona o Carnaval do Rio de Janeiro e como a experiência pela qual a cidade passou, em relação à releitura do Carnaval, e as ações que foram desenvolvidas ajudaram a potencializar o turismo. Ele destacou que a violência impacta no setor, pois pode causar o esvaziamento da cidade.


O Estado - Qual o real impacto da violência para o turismo?
Gustavo Mostof –
Tem um impacto grande, pois pode causar o esvaziamento da cidade. O ambiente de tranquilidade e de segurança, por exemplo, fez com que o Carnaval de Rua do Rio de Janeiro fosse retomado. Todo o ambiente da cidade, a autoestima dos moradores, a participação popular e efetivamente um ambiente de segurança faz com que o Carnaval vá galgando cada vez mais saltos e cada vez mais formação no evento em si.

O Estado - O cenário atual é de queda crescente no fluxo turístico em São Luís, por vários fatores. Como fazer cessar a diminuição e retomar o crescimento?
Mostof –
É sempre importante o ambiente de segurança. Cabe a cada cidade a sua peculiaridade em relação às suas ações de segurança. Mas a atmosfera de um evento dessa natureza transforma as pessoas. No Réveillon do Rio de Janeiro, por exemplo, a gente costuma reunir 2 milhões de pessoas e, lógico, não há efetivo policial suficiente para poder dar segurança para todos. Mas, o ambiente e o clima com que as pessoas vêm transforma isso.

O Estado - O que o poder público deve fazer concretamente para que a violência não acabe de vez com o turismo em São Luís?
Mostof –
Na nossa área de cultura e turismo, nós cada vez mais procuramos transformar o ambiente propício para que as pessoas possam se divertir. É preciso transformar o ambiente de maneira que se torne seguro, independente da questão do policiamento.

O Estado - Qual o papel do trade, que reúne os segmentos privados (hotéis, bares, restaurantes, etc.), nesse processo?
Mostof –
É um papel muito importante, fundamental. A Associação Brasileira de Hotéis e a Associação Brasileira de Agências de Viagens participam efetivamente em todas as nossas ações lá no Rio de Janeiro. Principalmente na parte do sambódromo, reunindo toda a questão dos turistas e no carnaval de rua, que ultimamente tem sido muito procurado. Então, toda a rede está sempre nos passando o feedback do que os turistas estão tendo como resposta, o que está acontecendo.

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