Escutec

Violência é o principal problema da população de São Luís, diz pesquisa

Levantamento feito pela Escutec perguntou a pessoas que vivem na cidade o que menos gostam em seu bairro e sua cidade e qual o principal problema da cidade e bairro que deveria ter mais atenção da Prefeitura; violência liderou respostas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58
(Pesquisa)

Pesquisa Escutec divulgada na semana passada por O Estado, além de aferir a preferência do eleitorado em relação à eleição para a Prefeitura de São Luís, que acontece no próximo ano, também trouxe alguns dados sobre os principais problemas que afligem a população da capital maranhense. Em todos os cenários apresentados aos entrevistados, a violência urbana foi a principal reclamação apontada por eles.

Além dela, falta de pavimentação, transporte público, saúde e trânsito foram mencionados.
Não é difícil encontrar pelas ruas da capital alguém que ainda tenha sido vítima da violência urbana, principalmente de assaltos. A enfermeira Antônia de Castro Ribeiro já foi assaltada quatro vezes, duas delas este ano. "A sensação é horrível e você se sente impotente, porque a única coisa que pode fazer é dar tudo que você tem para o bandido, correndo ainda o risco de ele te agredir", ressaltou.

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) mostram que, nos meses de abril e maio deste ano, 17 ocorrências do tipo roubo seguido de morte foram registradas na Região Metropolitana de São Luís. Em relação aos assaltos a ônibus, dados do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sttrema) mostram que, de janeiro a abril deste ano, 162 assaltos a ônibus foram registrados.

Já os dados do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) mostram que, nesse mesmo período, ocorreram 205 casos. Apesar dos números divergirem, a elevada quantidade de assaltos preocupa rodoviários, empresários e os usuários de transporte coletivo.

Pesquisa - Seja na pesquisa espontânea, quando uma pergunta é feita aos entrevistados e não é dada nenhuma alternativa para resposta, ou na pesquisa estimulada - quando são apresentadas alternativas para a escolha dos entrevistados -, a criminalidade foi considerada como o principal incômodo para quem vive em São Luís. Perguntados sobre o que menos gostam na cidade, 28,4% dos entrevistados responderam violência. O resultado foi obtido com base nas respostas de 807 ouvidas, na pesquisa espontânea.

O instituto também quis saber dos 807 entrevistados qual seria o principal problema da cidade, que deveria ser alvo de mais atenção da Prefeitura de São Luís. De novo, a violência liderou as estatísticas, com 20,9% dos entrevistados, apontando-a como principal problema a ser levado em consideração. Em segundo lugar, ficaram os hospitais, com 16%; seguido da falta de pavimentação, com 15%; infraestrutura, com 12,8%, e 1,5% não sabem ou não responderam.

A Pesquisa Escutec também perguntou aos 807 entrevistados o que eles menos gostavam em seus bairros e 34,7% apontaram, mais uma vez, a violência como causadora das maiores preocupações. Já 11,2% disseram que o que menos gostam são as ruas esburacadas; 6,6% reclamaram dos esgotos abertos e 12,8% disseram não saber ou não responderam. O levantamento também perguntou aos entrevistados qual o principal problema dos seus bairros que avaliavam merecer maior atenção por parte da Prefeitura de São Luís e 30,7% reiteraram a violência.

Em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que está concentrando, com o Comando Geral da Polícia Militar, ações preventivas de combate à violência. O Comando de Policiamento Metropolitano 1 (Cpam1), em conjunto com o Comando de Policiamento de Área Metropolitana 2 (Cpam2) e o Comando de Policiamento Especializado (CPE), realizam um serviço integrado visando reduzir a criminalidade na Região Metropolitana de São Luís. As ações vêm inibindo a criminalidade por meio de rondas, prisões e apreensões.

Fala, povo!
De que forma a violência interfere em sua vida?


"Evito andar com objetos de valor, pois tenho medo de assalto. Apesar de nunca ter sido vítima, não me sinto seguro em São Luís"
José Matias Cardoso, pescador

"Já fui assaltada três vezes na região do Centro. Não me sinto segura de jeito nenhum”
Clívia Pâmela Sodré de Almeida, estudante

"A pessoa precisa andar com objetos de menos valor e retornar cedo para casa por conta de toda essa violência"
Joaquim Pereira, pintor

"A gente anda com medo. Nunca fui assaltada, mas, como ando de ônibus, evito mostrar objetos de valor, celular, pois não me sinto segura"
Telma Jesus dos Santos Barros, doméstica

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