Sujas e danificadas

Praças Deodoro e Pantheon estão abandonadas

Lixo e estruturas danificadas, como bancos e canteiros, são alguns dos problemas encontrados nos logradouros

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59
Jovem se deita sobre local onde deveria estar busto, no Pantheon/Biné Morais
Jovem se deita sobre local onde deveria estar busto, no Pantheon/Biné Morais (Busto)

As praças Deodoro e Pantheon estão com vários problemas de infraestrutura, que demonstram abandono do poder público. Reformada recentemente, a Praça do Pantheon já sofre com a ação de vândalos e serve de abrigo para moradores de rua. A Praça Deodoro está tomada por lixo e dejetos, que exalam um forte mau cheiro.

As praças Deodoro e Pantheon recebem milhares de pessoas diariamente. Enquanto alguns apenas passam por elas rumo aos seus compromissos, outros aproveitam para descansar nos bancos ou vão até lá comprar algo nas bancas de vendedores ambulantes. Apesar da importância dos logradouros, eles apresentam vários problemas.

Reformada - A Praça do Pantheon fica localizada em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, no centro da capital. Em outubro de 2013, foram iniciadas obras de reforma do logradouro pela Prefeitura de São Luís. O total de R$ 324.104,92 foi gasto pela Prefeitura na reforma do logradouro.
A reforma e revitalização previam a colocação de novo calçamento, a substituição dos antigos bancos e recuperação dos canteiros, colocação de novo gramado e arborização.

Hoje, a praça apresenta diversas lixeiras quebradas e pichações nos canteiros e assentos. Além disso, há muito lixo espalhado pelo chão. Garrafas e copos plásticos se destacam em meio ao mato alto e se acumulam nas galerias de drenagem. Por causa da grande quantidade de lixo, a praça costuma ficar alagada durante as chuvas mais intensas. Bancos também servem de camas para moradores de rua.

Quem vê a praça nessas condições lamenta o estado de conservação do logradouro. Para a professora Larissa Rocha, a situação da praça é também resultado da dos usuários, além dos gestores públicos. "Acho que muito disso que a gente está vendo é por causa do povo. A praça acabou de ser reformada e está desse jeito. É um absurdo", disse.

Acho que muito disso que a gente está vendo é por causa do povo. A praça acabou de ser reformada e está desse jeito. É um absurdo"Larissa Rocha, professora

Bustos - A reforma também incluiria a recolocação dos bustos de intelectuais maranhenses, que foram retirados em meados de 2005 a pedido da Academia Maranhense de Letras (AML), por causa do estado precário do local e da ação contínua de marginais. As bases foram reformadas, mas até agora os bustos não foram recolocados na praça.

Os marginais depredavam os monumentos em homenagem a nomes como Arthur Azevedo, Raimundo Correia, Urbano Santos, Coelho Neto, Humberto de Campos e Bandeira Tribuzi. Os bustos foram restaurados e desde 2007 estão expostos no pátio externo do Museu Histórico do Maranhão, na Rua do Sol, e deveriam voltar à praça assim que as obras fossem concluídas.

Deodoro - O lixo e o mau cheiro na Praça Deodoro chamam a atenção de quem precisa passar no local. O logradouro, que recebeu as bancas de vendedores ambulantes que ficavam instaladas nas praças Pantheon e da Alegria, não foi reformado e está em situação mais grave do que a praça vizinha.

O calçamento está quebrado em vários pontos e um dos banheiros públicos instalados no local está fechado e tomado por lixo. Muitos homens urinam nas paredes externas e moradores de rua fazem suas necessidades fisiológicas no chão, ao ver que o banheiro está abandonado.

O forte odor incomoda quem passa pelo local, principalmente quem consome os alimentos vendidos nas bancas de vendedores ambulantes que estão bem próximas dos banheiros. "Não é possível que a Prefeitura não saiba que esses banheiros estão nessa condição. Toda a praça está fedendo. É impossível ficar aqui perto", afirmou a operadora de caixa Rosenilde Lima.

MAIS

A Praça Deodoro era chamada antigamente de Largo do Quartel e Praça da Independência. Hoje ela tem esse nome em homenagem da municipalidade a Marechal Deodoro da Fonseca

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