Reclamou

Braide ataca a Caema em novo capítulo da disputa com Brandão

Prefeito diz que estatal atrapalha asfaltamento de via na capital.

Gilberto Léda/ipolítica

Atualizada em 18/02/2024 às 08h46
Braide alfinetou a Caema em vídeo de divulgação de obra (Reprodução)

SÃO LUÍS - Depois das polêmicas no pré-Carnaval e no Carnaval, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), decidiu abrir um novo flanco de batalha contra o governo Carlos Brandão (PSB).

Neste sábado (17), ele anunciou o início de obras de recapeamento asfáltico na Avenida dos Africanos. E relatou problemas causados pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) na região.

“Aqui tem duas situações: a primeira é que a Caema faz muitas intervenções na avenida, isso acaba atrapalhando o nosso serviço”, disse ele, alegando que a necessidade de um serviço de drenagem profunda no local seria o segundo problemas.

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Corte - Em janeiro, a Prefeitura de São Luís e a Caema já haviam se envolvido em uma polêmica.

Na ocasião, a empresa estadual havia cortado o fornecimento de água de órgãos e secretarias municipais, em virtude de alegado débito da ordem de R$ 170 milhões.  Uma ordem do juiz João Francisco Rocha, no entanto, determinou a religação.

Depois, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) confirmou a proibição do corte. Ao analisar o caso, o Tyrone Silva destacou que o órgão estadual “não conseguiu demonstrar, com clareza, o preenchimento dos pressupostos necessários à concessão do efeito suspensivo pretendido”.

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Para ele, “também não restou comprovada a probabilidade da ocorrência de dano grave de difícil ou impossível reparação, já que a agravante não está impedida de cobrar do agravado os valores que considera devidos pelas vias adequadas”.

Saneada - A própria Caema ainda não respondeu ao ataque. No início do mês, o governador Carlos Brandão revelou, em discurso na reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, que a gestão estadual conseguiu reduzir em 86% a dívida fiscal da Companhia.

Segundo ele, o valor era de R$ 1,422 bilhão antes de uma renegociação do Executivo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Agora, após a retirada de multas e juros, o débito ficou em R$ 190 milhões, a ser pago em 120 parcelas - as 60 primeiras de R$ 2,3 milhões, e as demais de R$ 850 mil.

“Saneamos a Caema, que devia R$ 1,4 bilhão e passou a dever R$ 190 milhões, a gente conseguiu tirar juros, multas, correção monetária, parcelamos”, disse.

Sem água - Na semana passada, moradores de São Luís passaram três dias sem água. Pelo menos 150 bairros da capital foram atingidos pela falta de abastecimento.

A Caema, que antes havia dado o prazo de resolução do problema para a quinta-feira (15), só conseguiu  começar a restabelecer o fornecimento na noite de sexta-feira (16).

Segundo a empresa, o problema foi causado devido ao rompimento de uma adutora de água do Sistema Italuís, que é responsável pelo abastecimento da maior parte da população da capital maranhense.

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