SÃO LUÍS - Depois das polêmicas no pré-Carnaval e no Carnaval, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), decidiu abrir um novo flanco de batalha contra o governo Carlos Brandão (PSB).
Neste sábado (17), ele anunciou o início de obras de recapeamento asfáltico na Avenida dos Africanos. E relatou problemas causados pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) na região.
“Aqui tem duas situações: a primeira é que a Caema faz muitas intervenções na avenida, isso acaba atrapalhando o nosso serviço”, disse ele, alegando que a necessidade de um serviço de drenagem profunda no local seria o segundo problemas.
Clique aqui para seguir o canal do Imirante no WhatsApp
Corte - Em janeiro, a Prefeitura de São Luís e a Caema já haviam se envolvido em uma polêmica.
Na ocasião, a empresa estadual havia cortado o fornecimento de água de órgãos e secretarias municipais, em virtude de alegado débito da ordem de R$ 170 milhões. Uma ordem do juiz João Francisco Rocha, no entanto, determinou a religação.
Depois, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) confirmou a proibição do corte. Ao analisar o caso, o Tyrone Silva destacou que o órgão estadual “não conseguiu demonstrar, com clareza, o preenchimento dos pressupostos necessários à concessão do efeito suspensivo pretendido”.
Continua após a publicidade..
Para ele, “também não restou comprovada a probabilidade da ocorrência de dano grave de difícil ou impossível reparação, já que a agravante não está impedida de cobrar do agravado os valores que considera devidos pelas vias adequadas”.
Saneada - A própria Caema ainda não respondeu ao ataque. No início do mês, o governador Carlos Brandão revelou, em discurso na reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, que a gestão estadual conseguiu reduzir em 86% a dívida fiscal da Companhia.
Segundo ele, o valor era de R$ 1,422 bilhão antes de uma renegociação do Executivo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Agora, após a retirada de multas e juros, o débito ficou em R$ 190 milhões, a ser pago em 120 parcelas - as 60 primeiras de R$ 2,3 milhões, e as demais de R$ 850 mil.
“Saneamos a Caema, que devia R$ 1,4 bilhão e passou a dever R$ 190 milhões, a gente conseguiu tirar juros, multas, correção monetária, parcelamos”, disse.
Sem água - Na semana passada, moradores de São Luís passaram três dias sem água. Pelo menos 150 bairros da capital foram atingidos pela falta de abastecimento.
A Caema, que antes havia dado o prazo de resolução do problema para a quinta-feira (15), só conseguiu começar a restabelecer o fornecimento na noite de sexta-feira (16).
Segundo a empresa, o problema foi causado devido ao rompimento de uma adutora de água do Sistema Italuís, que é responsável pelo abastecimento da maior parte da população da capital maranhense.
Saiba Mais
- Presidente da Caema fala sobre as ações da companhia no MA
- Brandão diz que governo reduziu em 86% dívida bilionária da Caema
- Abastecimento de água em Imperatriz será suspenso nesta sexta-feira (12)
- TJ mantém decisão que proíbe Caema de cortar água da Prefeitura de SL
- Caema religa água de órgãos da Prefeitura de SL, mas recorre de decisão
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias