Segundo a polícia

Homem suspeito de manter adolescente do RJ em cárcere privado em SL conversava com vítima pela internet desde que ela tinha 10 anos

Desaparecida desde o dia 6 de março, a jovem conheceu Eduardo da Silva Noronha em um aplicativo de vídeos.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 16/03/2023 às 06h28
Nessa terça-feira (14) a menina foi encontrada, trancada em uma quitinete no bairro Divineia. Foto: Reprodução

SÃO LUÍS - A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou que Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, estava há dois anos conversando com a menina de 12 anos que ele levou do Rio de Janeiro até São Luís. A jovem estava desaparecida e era procurada desde 6 de março.

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Nessa terça-feira (14) a menina foi encontrada, trancada em uma quitinete no bairro Divineia, na periferia de São Luís. O homem foi preso em flagrante e deve responder por estupro de vulnerável, cárcere privado e sequestro.

O delegado Marconi Matos, da Superintendência de Homicídios, em São Luís, informou que Eduardo da Silva e a menina se conheceram pela rede social TikTok.

"Nós vimos, pela conversa, que ele passou dois anos aliciando a jovem através de um aplicativo que nós, muitas das vezes, deixamos nossos filhos à vontade. Então nós temos que ter um certo cuidado e vermos realmente o que nossas crianças estão fazendo no celular, no computador. Temos que redobrar a nossa atenção com nossos filhos para não cair em uma situação dessa aí", alertou o delegado Marconi Matos.

Suspeito nega estupro, mas admite beijos

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Logo após ser preso, o suspeito negou o crime de estupro, mas confessou que beijou a menina "algumas vezes". De acordo com a legislação brasileira, a prática de ato libidinoso com menor de 14 anos já configura estupro, independentemente de haver relação sexual. A investigação ainda apontará se houve ou não relação sexual.

Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, é morador de São Luís e natural de Paulo Ramos (MA). Foto: Divulgação

"Em uma primeira conversa, ele confessa que beijou ela algumas vezes, então já se caracteriza o crime de estupro, que é um ato libidinoso que, mesmo que ela tivesse vontade de fazer, ela só tem 12 anos de idade. Pela lei, a vontade dela não se perfaz, razão pela qual ele também tem que ser autuado pelo estupro de vulnerável", disse o delegado Marconi Matos.

Para a Polícia Civil a jovem era tratada como se fosse "um brinquedo" para Eduardo da Silva Noronha, que a deixou sozinha e trancada dentro da casa onde ele morava. Por essa atitude, o homem também é investigado por sequestro e cárcere privado.

"A princípio, em tese, vislumbramos alguns crimes, como crime de sequestro. Ela só tem 12 anos de idade. Nós chegamos lá e ela estava sozinha dentro de casa, então tem o crime de cárcere privado; e também, em tese, o crime de estupro, já que ela só tem 12 anos de idade", disse.

"Ela estava presa em uma situação que ela achava 'comum' porque tinha algumas discussões em casa, que na realidade pode ser resolvido no seio familiar em uma conversa, em uma atenção que os pais precisam ter com os filhos", contou Marconi.

 

 

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