SÃO LUÍS - No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, 28 de junho, a polícia conseguiu prender um homem, de 27 anos, suspeito de ter matado a travesti Charlene. O crime ocorreu no dia 20 de fevereiro deste ano em uma quitinete, no Jardim das Margaridas, área do Cohatrac, em São Luís.
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Esse caso está sendo investigado pela Polícia Civil como feminicídio. A polícia informou que o suspeito foi preso por determinação judicial no bairro Maresia, na cidade de Raposa, Região Metropolitana de São Luís.
A Delegada Wanda Moura fala sobre o caso; Assista:
O detido foi apresentado na sede da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), na Beira-Mar, onde prestou esclarecimento sobre o caso para a delegada Wanda Moura, que é chefe do Departamento de Feminicídio, e, logo após, encaminhado para o presídio, em Pedrinhas, onde vai ficar à disposição do Poder Judiciário.
Ainda segundo a polícia, a vítima foi morta a golpes de faca no pescoço dentro da quitinete do suspeito, no Jardim das Margaridas. O corpo foi encontrado por populares que acionaram os policiais militares.
Mais mortes
Dados do Observatório de Políticas Públicas LGBT revelam que o Maranhão é o 7º estado com maior registro de crime de homofobia do país. Segundo o levantamento, no ano de 2020, 10 homossexuais foram mortos de forma violenta no estado maranhense.
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Neste ano, além do assassinato de Charlene, mais dois travestis foram mortos no Maranhão. De acordo com a polícia, um dos casos ocorreu no dia 23 de janeiro, em Timon e a vítima foi identificada como Paulinha, de 31 anos.
O crime ocorreu em plena praça dessa cidade. A polícia informou que a vítima foi morta a pauladas e pedradas. O corpo dela foi encontrado despido e havia um pedado de madeira dentro da boca como ainda havia marcas de violência na cabeça.
O outro assassinato ocorreu no 15 de maço, no bairro da Vila Maresia, na Raposa e a vítima foi Soraia, de 59 anos. Segundo a polícia, a vítima trabalhava como cabeleireira nessa cidade. No dia do crime, ela teve a casa invadida pelos criminosos e mota a golpes de faca. A Polícia Civil investiga o caso.
Orgulho LGBTQIA+
28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (lésbica, gay, bissexual, transgênero, queer, intersexo, assexuais e todos os membros da comunidade. A data rememora a Revolta de Stnonewall, nos Estados Unidos, no ano de 1969.
No contexto da revolta, frequentadores do bar Stonewall Inn, em Greenwich Village, resistiram a uma abordagem policial no estabelecimento. As operações policiais eram frequentes e motivadas pelo preconceito.
Sem alternativas, os LGBTs haviam se acomodado a não lutar contra a opressão por parte da polícia, mas não naquele 28 de junho de 1969. A revolta de Stonewall deu origem a outras manifestações pelos Estados Unidos e pelo mundo, tornando - se um divisor de águas na luta por direitos.
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