SÃO LUÍS - Desde o início da pandemia do novo coronavírus, ainda no ano passado, tem-se levantado um debate infrutífero sobre o que é mais importante: a saúde, a vida das pessoas, ou a economia.
Está claro, um ano depois, que ambos são imprescindíveis. E que, na verdade, complementam-se. Como garantir saúde a uma população empobrecida, sem ter dinheiro para comer, por exemplo? E, de outro lado, como manter a economia girando, a produção em alta, com uma população doente?
Não existe outro caminho: há que se cuidar das vidas, isso é imprescindível, mas também não se pode deixar a economia ir para o buraco.
E, por isso, foram tão pertinentes, nos últimos dias, intervenções da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e do governador Flávio Dino (PCdoB) nesse debate.
Nas redes sociais, a emedebista defendeu que o atual governador lance um pacote de ajuda ao setor empresarial do estado, enquanto vigorarem medidas restritivas à atividade econômica em território maranhense por conta da pandemia da Covid-19. Segundo ela, o setor é um dos que mais sofrem e, por consequência, puxam para baixo várias categorias de trabalhadores que dependem da sua saúde financeira.
“Não é de hoje que peço atenção sobre a necessidade de um pacote de ações com políticas fiscais mais flexíveis, com prorrogação e redução de impostos, novas linhas de crédito, renegociação de dívidas e auxílio para manutenção de empregos. Ações como estas precisam ser implementadas pelo Governo do Maranhão com urgência, como forma de socorro ao empresariado maranhense. Existem diversas ações necessárias e possíveis”, afirmou.
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Também na quarta, Dino anunciou pelo menos mais uma medida favorável às empresas: a concessão de maior prazo para pagamento de ICMS.
Antes, ele havia anunciado pagamento de auxílio de R$ 1 mil para donos de bares e restaurantes que estão fechados há quase duas semanas como medida de prevenção à expansão da Covid-19.
Segundo o governo, 130 microempresas serão beneficiadas com o adiamento da cobrança do tributo. O imposto devido em março, por exemplo, só será pago em julho e agosto.
Como complemento, Dino ainda anunciou a antecipação do pagamento da primeira parcela do 13º salários dos servidores estaduais.
Medias que devem mitigar, de alguma forma, os efeitos danosos da crise sanitária na economia maranhense.
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