Investigação

Suspeitos de duplo feminicídio em SL têm prisão preventiva decretada

Graça Maria Pereira Oliveira e Talita de Oliveira Friseiro, mãe e filha, foram encontradas mortas na residência onde moravam, no bairro Quintas do Calhau, em SL.

Imirante.com, com informações da Polícia Civil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Vítimas foram mortas na residência onde moravam. ( Foto: Douglas PInto / TV Mirante)

SÃO LUÍS - Três mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra os suspeitos do crime de duplo feminicídio de Graça Maria Pereira Oliveira, de 57 anos, e sua filha Talita de Oliveira Friseiro, de 27. As prisões foram realizadas na última sexta-feira (14) e sábado (15).

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Mãe e filha foram mortas em casa. Os corpos das vítimas foram encontrados dentro do carro de Graça, enrolados em um lençol, no bairro Quintas do Calhau, em São Luís, no dia 7 de junho.

A chefe do Departamento de Femincídio, delegada Viviane Fontenelle que está à frente do caso, explicou que foram identificados e confirmados como autores três pessoas: mandante, intermediador e executor.

Os três suspeitos do crime de Duplo Feminicídio cumpriam prisão temporária e tiveram a prisão convertida em preventiva, conforme pedido da Polícia Civil.

Segundo a polícia, o inquérito está em fase final e será encaminhado à Justiça para que o Ministério Público possa oferecer denúncia e levar os suspeitos a julgamento.

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O crime

De acordo com a delegada Viviane Fontenelle, os indícios mostram que o assassino entrou na casa com o consentimento das vítimas, pois não havia sinal de arrombamento no imóvel. Ainda segundo a delegada, nenhum pertence da casa foi roubado.

Linha de investigação

De acordo com informações obtidas pelo jornal O Estado com os familiares, a suspeita recai sobre o ex-companheiro de Graça Maria, que era sócio dela na empresa, mas ambos estavam em uma disputa judicial pela divisão de bens após terem se divorciado. Eles passaram 15 anos morando juntos, mas, há cinco anos, estavam separados. No entanto, a Justiça já havia emitido uma medida protetiva a ela, para que o ex-marido se mantivesse afastado da vítima.

Graça Maria também ganhou o direito de 50% dos bens e da empresa, mas, segundo familiares dela, a vítima não pôde assumir sua parte nos negócios porque o ex-marido não permitiu. Os parentes disseram à polícia que ele não se conformava em dividir nada com a empresária após o divórcio.

Autor e mandante

De acordo com a Polícia Civil, o pedreiro, que trabalhava em uma obra perto da casa das vítimas, foi contratado para cometer o crime. Segundo as investigações, o ex-marido de Graça Maria, que até então era o principal suspeito de ser o assassino, foi quem planejou o duplo homicídio.

Ainda segundo a polícia, as investigações duraram menos de três semanas, e um celular roubado no dia do crime foi fundamental para que a polícia chegasse ao suspeito de ter executado as vítimas.

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