Saúde

Casos de dengue dobram em janeiro e governo do Rio entra em alerta

m 2010, foram notificados 1.447 casos contra 3.069, este ano. Menina de 10 anos já morreu.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h42

RIO DE JANEIRO - No mês de janeiro, o número de casos de dengue no Estado do Rio dobrou em comparação ao igual período de 2010, segundo dados da Secretaria estadual de Saúde. No ano passado, foram notificados 1.447 casos, número que pulou para 3.069 casos este ano.

A primeira morte confirmada no estado este ano foi de uma menina, Laís Melo Miranda Soares, que morava em Itaboraí, na Região Metropolitana.

Ela foi enterrada na terça-feira (8), dia que completaria 10 anos de idade. Laís estava internada há um mês em Niterói, na Região Metropolitana, e, segundo os médicos, já chegou em estado grave ao hospital e não resistiu às complicações da doença.

Secretaria em alerta

O superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que a secretaria já está em alerta por causa do número de casos notificados.

Segundo ele, normalmente, no verão, as ações de combate à dengue aumentam. Na comparação entre janeiro deste ano e o mesmo mês no ano passado foram 155 casos de dengue com complicação, 28 de dengue hemorrágica e existem ainda seis mortes suspeitas sob investigação.

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“O sistema está em alerta. É importante a gente saber que estamos na época de transmissão de dengue. Então, qualquer pessoa com febre e dor no corpo deve ser avaliada por um serviço de saúde. As ações de combate ao mosquito devem continuar nesta época. É uma época de transmissão da dengue, então todos os municípios estão em alerta e as ações devem ser realizadas de acordo com o número de casos”, disse Chieppe.

Segundo superintendente, a Secretaria estadual de Saúde tem uma equipe que se desloca para localidades de maior risco ou onde há casos mais graves, que fazem uma avaliação e intensificam as ações de combate ao mosquito em complemento às ações desenvolvida pelos municípios.

Ele explica que o fumacê é uma ação específica e especializada que tem de obedecer a critérios técnicos e não é a salvação para a dengue.

“O que salva o paciente de dengue é o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o combate ao foco do mosquito na sua residência”, destacou Chieppe, lembrando que existem oito mil agentes de combate à dengue no estado, além de três mil bombeiros que visitam as residências justamente para promover ações educativas.

Segundo ele, as ações de aplicação de larvicida e inseticida são medidas de exceção e que o mais importante é que a população se conscientize de que precisa combater os focos em suas casas.

A Secretaria Municipal de Saúde começa nesta quinta-feira (10) uma ação de combate à dengue no entorno do Sambódromo, no Centro do Rio. As ações também vão acontecer, até o carnaval, na Rodoviária Novo Rio, nos aeroportos e no Cais do Porto.

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