A partir de julho

Lâmpadas incandescentes de 60W deixarão de ser produzidas a partir de julho

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h53

SÃO LUÍS – As tradicionais lâmpadas incandescentes de 60W que não atendem à exigência de eficiência energética do Inmetro deixarão de ser produzidas e importadas a partir de 1º de julho. A decisão é da Portaria interministerial 1007, publicada em 2010, que de 2012 a 2016, a qual prevê a retirada das lâmpadas do mercado, que não atendam a valores mínimos especificados na regulamentação.

A extinção da incandescente pelos fabricantes decorre do fato de a tecnologia da lâmpada que foi inventada em 1879 ter estacionado na escala evolutiva e não conseguir ser mais eficiente do que já é. Segundo o engenheiro de produto da empresa de iluminação Lâmpadas Golden, Fábio Oliveira, "os valores indicados na portaria são impossíveis de ser atingidos pela incandescente, inviabilizando sua produção".

As incandescentes com 40W ou menos não serão retiradas do mercado, permitindo ainda o uso em estufas e equipamentos hospitalares. Nesta exceção, também se enquadram as lâmpadas utilizadas para iluminação de fornos e geladeiras, as "bolinhas" que iluminam abajures e todos os modelos de halógenas.

Restrição

O Brasil optou restringir a comercialização por um processo gradual, assim como a União Europeia, composta por 28 países, que extinguiu o modelo progressivamente de 2009 até o fim de 2012. Alguns já baniram o modelo de uma só vez, como Cuba, em 2005; Austrália, em 2010; Argentina, em 2011 e Estados Unidos, no início de 2014.

O objetivo é diminuir o consumo de energia e a emissão de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. A tecnologia LED emite muito menos CO2 que a incandescente. A lâmpada tradicional agrava o aquecimento global por usar a energia consumida muito mais para emitir calor (95%) do que para iluminar (os 5% restantes).

LED

A opção que reúne melhor os atributos positivos da incandescente é o LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz). A tecnologia tem opção de tom de luz amarela, semelhante ao da incandescente ou branco, oferecendo economia de energia, durabilidade, possibilidades de personalização da luz, como suporte à dimerização e a vantagem de 98% dos componentes serem recicláveis. "De fato, o LED reúne o melhor de cada tecnologia existente", afirma Oliveira.

O mercado de LED brasileiro terá de em breve passar por outra adaptação. Portarias que preveem a regulamentação da tecnologia estão em fase de conclusão e devem ser publicadas ainda este ano. Com isso, produtos de baixa qualidade não terão mais espaço no mercado brasileiro.

Substituição

A lâmpada fluorescente compacta é uma opção mais popular para a substituição da incandescente. Consome cerca de 80% menos iluminando mais, tem durabilidade cerca de 8 vezes maior, além de não oferecer só a luz branco frio, mas também as de tom amarelado e branco morno.

Só não é vantajosa ecologicamente, pois é preciso descartá-la corretamente, para que não contamine os aterros sanitários com mercúrio, um dos gases que compõem o seu interior. Uma política de descarte, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), está sendo estudada pelo governo federal, que trabalha em conjunto com entidades representativas e com empresas do setor.

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