Renúncia

Brasil acompanha com atenção a renúncia de Bento XVI, diz Patriota

Patriota lembrou que a decisão deve ser “respeitada no seu contexto”.

Renata Giraldi/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h12

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nessa terça-feira (12) que o país acompanha “com muita atenção” os desdobramentos da decisão do papa Bento XVI de renunciar, no próximo dia 28. Patriota lembrou que a decisão deve ser “respeitada no seu contexto” e que Bento XVI é uma figura respeitada e admirada pelos brasileiros. A avaliação de Patriota ocorreu depois de ele participar da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York.

“É uma decisão surpreendente na medida em que é algo que não ocorre há vários séculos. Mas que precisa ser respeitada no espírito em que foi tomada e, sobretudo, pela figura do papa, que é uma figura de grande autoridade moral e religiosa, vista com grande admiração em muitos países, no Brasil em particular”, ressaltou o chanceler.

Bento XVI deixará suas funções no próximo dia 28 às 20h de Roma (16h de Brasília). Antes, no dia 27, ele fará uma despedida. “Recebemos [a notícia] com muito respeito pela figura do papa. Obviamente, há expectativa de uma visita do papa ao Brasil este ano [em julho para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio], e seguiremos com muita atenção as deliberações do Vaticano nos próximos dias”, disse ele.

O chanceler lembrou que o papa inspira respeito da comunidade internacional: “A figura do papa Bento XVI desperta grande respeito na comunidade internacional e, em países católicos, como o Brasil, em particular. Desejamos, é claro, que ele esteja nas melhores possíveis condições de saúde, pois sei que há também uma preocupação com a saúde que o levou a essa decisão.”

Pelo Novo Mapa das Religiões, divulgado em agosto de 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os católicos passaram de 73,8% da população em 2003 para 68,4% em 2009 – uma queda de 5,4 pontos percentuais. Ao mesmo tempo, os evangélicos passaram a representar 20,2% da população, contra 17,9% em 2003. O levantamento foi feito a partir de dados de mais de 200 mil entrevistas da Pesquisa de Orçamento Familiar, do IBGE.

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