Reprodução/NASA TV

Discovery consegue acoplamento com Estação Espacial Internacional

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h10

WASHINGTON - A nave "Discovery", com sete tripulantes a bordo, conseguiu se acoplar à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), para onde transferiu cerca de oito toneladas de equipamentos e experimentos científicos, incluindo um com seis ratos geneticamente manipulados.

O acoplamento, a cargo de Rick Struckow, ocorreu minutos antes de 22h de Brasília, a mais de 321 quilômetros sobre o Atlântico, e foi causa de comemoração para os tripulantes da nave que decolou de Cabo Canaveral na sexta-feira.

Também houve outra causa de celebração: o centro de controles da Nasa (agência espacila americana) felicitou Struckow - em sua quarto viagem à ISS - por realizar uma manobra de acoplamento arriscada, justamente no 25º aniversário do primeiro voo da "Discovery".

As imagens da Nasa, colocadas em sua página de internet, mostraram a "cerimônia tradicional" na qual as equipes da nave e da ISS trocavam abraços e apertos de mão.

Ambas as equipes realizarão operações conjuntas durante oito dias, e se trata da segunda vez na história que 13 pessoas se juntam para operações deste tipo, após a chegada da "Endeavour" em julho, segundo um comunicado da Nasa.

Está previsto que os astronautas realizem três caminhadas espaciais para substituir um tanque de refrigeração de gás amoníaco e outras tarefas de manutenção no exterior, e a primeira está programada para a noite de terça-feira.

Esta noite, os astronautas usarão um braço robótico para transferir os materiais à ISS.

Os astronautas também farão fotos que serão inspecionadas em seu retorno aos Estados Unidos para analisar o dano que pôde haver sofrido a nave na decolagem, embora o encarregado desta missão, Leroy Cain, tenha dito que por enquanto a nave não parece ter grandes danos.

A análise de fotos já faz parte da revisão de rotina que a Nasa realiza na cobertura térmica das naves, desde o acidente de 2003 da "Columbia" que explodiu e causou a morte de seus sete tripulantes.

Nesta missão viajam, pela primeira vez, dois tripulantes hispânicos, os especialistas John "Danny" Olivas e José Hernández, ambos de origem mexicana, que responderão em espanhol às perguntas de um grupo de estudantes em uma conexão com a Terra.

Trata-se da visita número 30 de uma nave americana à ISS, para a qual leva uma nova moradora, a astronauta Nicole Stott, que ficará ali três meses.

Durante sua visita ao complexo orbital, o módulo Leonardo de carga da nave leva dois equipamentos para realizar experimentos com metais, vidros e cerâmica, um congelador para preservar mostras científicas, um aparelho para a purificação do ar e um compartimento para dormir.

A nave também leva uma máquina para exercícios, avaliada em cerca de US$ 5 milhões, que leva o nome de Colbert, em honra ao comediante americano Stephen Colbert.

Segundo a Nasa, os astronautas não terão tempo para armar e estrear a máquina, que consta de mais de uma centena de peças, até meados do mês próximo, quando chegar à ISS uma nave japonesa, não tripulada, com mais cargas.

Depois desta missão, a "Discovery" realizará outros seis voos à estação orbital, e se prevê que a Nasa abandone o uso das naves no ano que vem.

Para então terá concluído a construção da ISS e os EUA enviarão para lá astronautas nas naves Soyuz russas ou em foguetes fabricados por empresas privadas, até que tenha sua nova geração de engenhos espaciais pronta. (EFE)

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