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Programa incentiva produção de biodiesel em São Luís

Atualizada em 27/03/2022 às 13h50

SÃO LUÍS - Produtores da zona rural de São Luís irão fornecer óleo bruto produzido a partir de mamona, gergelim, girassol, pinhão manso, entre outras espécies de oleaginosas, para a produção de biodiesel. Este é um dos objetivos do Programa Municipal de Biodiesel – São Luís Bio, lançado na tarde desta quarta-feira (21), pela Prefeitura. O programa também prevê o reaproveitamento de óleo residual, que é descartado nas indústrias e nas residências (óleo de cozinha).

Durante a solenidade de lançamento, o prefeito Tadeu Palácio assinou o decreto que formaliza a criação do Núcleo Gestor de Biodiesel, composto por diversas instituições, entre elas, o Instituto Municipal de Produção e Renda, a Rede Maranhense de Biodiesel e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). A princípio, serão beneficiados 150 agricultores familiares.

O programa visualiza a demanda de biodisel que será criada com a entrada em vigor da lei federal nº 11.098/2005, a partir de 1º de dezembro de 2007, que obriga a utilização de 2% de biodiesel misturado ao óleo diesel vendido nos postos de combustível. Para atender a essa demanda, será necessária a produção de 840 milhões de litros de biodiesel por mês no país. Em julho deste ano, a produção nacional atingia apenas 147 milhões de litros. “O programa é uma oportunidade para o trabalhador rural de São Luís buscar alternativas mais avançadas para aumentar a sua renda”, afirmou o prefeito Tadeu Palácio.

O São Luís Bio foi apresentado a secretários municipais, produtores rurais e representantes de cooperativas rurais, pelo diretor do Núcleo Gestor de Biodiesel, doutor em Fitotécnica e professor da UEMA, Hamilton Almeida. Segundo ele, os agricultores familiares de São Luís estão aptos para o plantio de oleaginosas. Atualmente, 8% da população local estão na zona rural.

Dentro da cadeia produtiva do biodiesel, o programa vai até a instalação de unidades esmagadoras de grãos que irão preparar óleo bruto, torta (resíduos que podem ser usados como adubo orgânico ou para a alimentação de animais) e casca. “É um programa simples e barato, que pode dar bons resultados e a natureza agradecerá”, afirmou Hamilton Almeida.

Segundo o presidente do Instituto Municipal de Produção e Renda, Júlio França, o programa define um plano para a adesão da iniciativa privada e de diversos parceiros, como Governo do Estado. Para a presidente de cooperativa, veterinária Ária da Cruz Santos, várias cooperativas podem colaborar com a produção de biodiesel em São Luís.

Óleo residual – outra frente do programa é o reaproveitamento de óleo residual, aquele que sobra do que é utilizado em indústrias e também nas residências, geralmente sobras de frituras lançadas pelo ralo da pia. O professor Hamilton Almeida explicou que o reaproveitamento desses resíduos é importante para conservação do meio ambiente. Segundo ele, uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro revelou que um litro de óleo pode contaminar até um milhão de litros de água. Atualmente, a tecnologia para a produção do biodiesel permite que a mesma usina que transforma o óleo bruto resultante dos grãos de oleaginosas também transforme o óleo residual.

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