CPI dos Sanguessugas busca relatório parcial da PF em Cuiabá sobre dossiê

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h14

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas enviou à Cuiabá (MT) o seu secretário-executivo Augusto Panisset para buscar cópia do relatório parcial da Polícia Federal sobre as investigações envolvendo a tentativa de compra de dossiê contra políticos do PSDB.

A informação foi dada pelo vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que assinou autorização para que o secretário pegasse o material com o juiz Jefersson Schineider. "Por delegação do presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), assinei autorização para que o Augusto pegasse o relatório e trouxesse para a CPMI", disse Jungmann.

A entrega do relatório que seria feita nesta quinta-feira (19) pelo delegado da Polícia Federal Diógenes Curado à Justiça Federal foi transferida para esta sexta-feira, uma vez que o delegado não concluiu o trabalho. "O relatório não será entregue hoje, porque o delegado Diógenes não conseguiu concluir o trabalho. Então a entrega será feita amanhã, mas o Augusto Panisset vai ficar aguardando a entrega para trazer o relatório para a CPMI", disse o vice-presidente da comissão, após receber a informação do delegado sobre o atraso na entrega do material.

O parlamentar informou, também, que o procurador da Justiça federal de Cuiabá, Mário Lúcio Avelar, lhe informou que recebeu alguns materiais da Polícia Federal e que se trata sobretudo de transcrição de monitoramento de telefones. Jungmann informou que o procurador também disse que o monitoramento foi autorizado pela justiça.

Ainda de acordo com o vice-presidnete da CPMI, o delegado Diógenes Cruado lhe disse hoje que "estava otimista de poder avançar, de forma contundente, no rastreamento do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê antes do segundo turno das eleições". De acordo com Jungmann, o delegado também disse que "possivelmente um mal entendido tenha levado a deduzir que o dinheiro era de origem do PT, mas não é isto". "Eu tenho o depoimento do delegado de que o dinheiro não é do PT, embora seja de responsabilidade inquestionável de dirigentes do PT ter transportado, ter manipulado, ter tentado comprar de forma criminosa o dossiê", afirmou Jungmann.

O parlamentar também disse que o delegado lhe afirmou que o fato da imprensa ter divulgado hoje o nome de um bicheiro que poderia estar envolvido na questão do dinheiro "criou alguma dificuldade para o processo de investigação". Para Jungmann, a quebra do sigilo bancário de Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) na campanha ao governo de São Paulo, é muito importante para os trabalhos da comissão, "pois foi ele que repassou o dinheiro para Gedimar Passos e Valdebran Padilha".

Segundo Jungmann, o delegado disse que havia recebido o pedido de quebra do sigilo há 24 horas e que os dados ainda não estavam nas suas mãos. O delegado também informou, segundo o vice-presidente da CPI, que a fita de vídeo do hotel Ibis está em Brasílai no Instituto Nacional de Criminalistica e que ele está aguardando a perícia do material para depois encaminhá-lo ao juiz e a comissão.

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