Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros começa dia 6

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h05

SÃO LUÍS - Será realizado no período de 6 a 10 de setembro, o III Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros. O tema escolhido para o evento é Pesquisa Social e Políticas de Ações Afirmativas. O evento pretende ser um espaço significativo de debates, reflexões e proposições em torno da prática e da produção de pesquisadores negros sobre as condições de vida da população afro-brasileira.

Ser um dos estados com maior população negra do País e possuir uma grande variedade de elementos, com destaque para a religião, a cultura, a música e os costumes, credenciam o Maranhão a sediar esse tipo de evento. "Este encontro será para nós, que representamos a intelectualidade afro-maranhense, tão prazeroso quanto importante, pois ao mesmo tempo em que abrimos as portas para uma quantidade expressiva de visitantes, estaremos contribuindo de forma significativa ao processo atual de reflexões sobre as desigualdades raciais do Brasil", afirma o coordenador do encontro, professor Doutor Carlos Benedito Rodrigues Silva.

O evento acontece num momento importante da vida brasileira, quando o governo reconhece publicamente os altos níveis de desigualdade social que atingem a população negra brasileira em conseqüência de heranças antigas, como a escravidão. Ações concretas como a criação de secretarias e ministérios voltados exclusivamente para tratar essas questões, reforçam a nova mentalidade de enfretamento dessas questões.

Para o professor Carlos Benedito Rodrigues, a realização de um evento dessa natureza tem o objetivo também de colocar o Maranhão no centro desses debates, contribuindo significativamente com o processo de implementação das políticas de ações afirmativas para afrodescendentes em vários setores da vida nacional. "O Maranhão, em especial a UFMA, abriga em seu quadro um número expressivo de profissionais negros com valiosas contribuições para o campo da ciência, das artes e da literatura, entre outras," reconhece o professor Carlão.

Os dois primeiros congressos aconteceram na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2000, e na Federal de São Carlos, em 2002. O público participante que foi de 300 no evento de abertura, simplesmente dobrou no Encontro seguinte. A expectativa dos organizadores do encontro maranhense é a de manter a ordem crescente e superar a freqüência da UFSCAR paulista. Reforçam essa tese a pujança do folclore maranhense, com o tambor de crioula, tambor de mina, bumba-meu-boi e o candomblé.

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