Inadimplência com cheque subiu 12% no país em 2003

Globonews.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h09

RIO - O número de cheques devolvidos no país por falta de fundos subiu para 53 em cada mil compensados em 2003, uma alta de 12% em relação a 2002, segundo levantamento da empresa de verificação de crédito CheckOK. Em termos absolutos, o número de cheques sem fundos cresceu 5,1% no ano passado, para 120 milhões.

O analista financeiro Gustavo Pedreira de Freitas, da ABM Consulting, diz que a alta da inadimplência pode ser explicada por dois fatores. O primeiro é que há uma diversificação das formas de pagamento - como DOCs, boletos e cartões de débito -, mas as fraudes são mais fáceis com o uso do cheque, concentrando-se nesse meio. O segundo motivo é a queda da renda do consumidor, conjugada aos juros mais altos em 2003. Freitas cita ainda uma certa inexperiência do consumidor de baixa renda que começou a usar recentemente o talão de cheque.

Em dezembro passado, o número de cheques devolvidos no país cresceu 11,9%, para cerca de 45 por mil compensados, em relação ao mesmo mês de 2002. Essa alta foi de 7,3% no Rio e de 7,6% em São Paulo. O estado campeão de crescimento da inadimplência foi a Paraíba, com aumento de 117,1%. Houve queda somente em Mato Grosso do Sul (de 2,9%), Pernambuco (de 11,7%), Roraima (de 72,5%) e Tocantins (de 44,3%).

Na opinião do analista da ABM, a inadimplência deve melhorar apenas no segundo semestre deste ano, por causa dos programas de geração de empregos. Para janeiro, ele projeta uma pequena queda na inadimplência em relação a janeiro de 2003, de 52,8 para 52,6 cheques devolvidos a cada mil compensados. Em fevereiro, no entanto, o número deve subir de 50,5 para 52,1 cheques por mil.

Freitas lembrou que o mês de maior inadimplência é sempre março, depois da volta das férias, da compra de material escolar e dos gastos com taxas como IPTU e IPVA.

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