SÃO LUÍS - As quebradeiras de coco babaçu e os trabalhadores rurais agroextrativistas da região do Médio Mearim participam nesTa terça-feira, 20, às 9 horas, de uma audiência com a superintendente do IBAMA, Marluze Pastor Santos.
Elas vão denunciar a instalação de fornos, pela empresa COSIMA, para a produção de carvão, utilizando o coco babaçu inteiro, no município de Lago da Pedra.
Em uma carta de repúdio elaborada durante a Assembléia Geral da Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais (AMTR), realizada nos dias 6 e 7 de dezembro, no município de Lago do Junco, as mulheres manifestaram sua preocupação com os impactos ambientais e sociais que a produção de carvão de coco inteiro em escala industrial pode acarretar.
Na audiência com o IBAMA, será solicitado do órgão a realização de estudos necessários e o estabelecimento de controle do número máximo de fornos por região de maneira a não acarretar em dano ambiental
A atividade extrativista envolve aproximadamente 300 mil quebradeiras de coco, numa área aproximada de 18 milhões de hectares, envolvendo os estados do Maranhão, Pará, Piauí, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. A palmeira de babaçu tem dezenas de utilidades, propiciando uma variedade de produtos que são utilizados pelas quebradeiras de coco e suas famílias e que, portanto, são indispensáveis para manter o equilíbrio dessa imensa área do território nacional.
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