EUA mapeiam genoma de arma biológica

GloboNews.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h30

RIO - Cientistas americanos anunciaram nesta segunda-feira o mapeamento do genoma da bactéria Brucella suis, que infecta pessoas e porcos e é considerada uma arma biológica. Não há vacina capaz de evitar a infecção pela Brucella suis, e a doença, com os sintomas de uma gripe muito forte, raramente mata pessoas. O tratamento é longo e à base de antibióticos.

Como a brucelose é altamente debilitante e infecciosa, a bactéria foi uma das escolhidas pelo programa de armas biológicas dos Estados Unidos. Durante os anos 60, o Exército americano fabricou bombas carregadas com a B. suis.

O mapeamento da bactéria foi um trabalho conjunto de pesquisadores do Instituto para Pesquisa Genômica, do Departamento de Agricultura dos EUA, do centro de pesquisas Virginia Tech e do Instituto de Pesquisa Walter Reed, do Exército. Os estoques foram destruídos em 1969.

O genoma foi comparado com o de outra bactéria do mesmo gênero e com os de bactérias que causam doenças em plantas. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira na edição on line da revista 'Proceedings of The National Academy of Sciences'.

'O projeto de seqüenciamento da B. suis fornece novas informações importantes sobre esse agente infeccioso', disse, em um comunicado, a presidente do Instituto para Pesquisa Genômica. 'A genômica nos ajudou a entender mais desse patógeno e seus parentes próximos e define um novo ponto de partida para o desenvolvimento de novos métodos de diagnóstico e tratamento da doença que ele causa.'

O Centro de Controle de Doenças dos EUA classifica as armas biológicas em três categorias, segundo o perigo que representam. As bactérias que causam brucelose estão na categoria B, junto à Salmonella, à Escherichia coli O157 e aos vírus causadores de encefalite, entre outros agentes.

Agentes infecciosos nessa categoria são fáceis de disseminar e não matam com freqüência.Mas, segundo reconhece o próprio CDC, o controle desses agentes requer melhorias na capacidade de diagnóstico do próprio centro e nos sistemas de vigilância.

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