Violência contra a mulher

Violência contra mulheres é tema de exposição em ITZ

A amostra marca a luta pelo ativismo contra a violência doméstica, psicológica e patrimonial.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h48

IMPERATRIZ - Educação e informação foram os pontos que levaram a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres maranhenses, a realizar uma ação educativa, na tarde dessa segunda-feira (01), em um shopping de Imperatriz. O ato faz parte das manifestações locais em alusão à campanha nacional dos 16 dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que tem mobilizado diversas ações em todo o país.

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Através dos relatórios passados por todas as Delegacias Especiais da Mulher, a Secretaria de Segurança do Estado do Maranhão, somente no primeiro semestre deste ano, constatou 2.312 ocorrências de violência contra a mulher.

“É importante que todos saibam que a cidade conta com uma rede de atendimento para as mulheres que sofrem de violência. Essa iniciativa é interessante porque muitas pessoas questionam o fato das mulheres agredidas não saírem de casa, mas as estatísticas revelam que a maioria delas não possui renda própria e tem medo, por isso não denunciam”, declara a pedagoga do Centro de Referência Atendimento a Mulher, Gesileia Silva.

Ainda segundo a pedagoga, é importante que todos saibam que a violência doméstica não é somente a física, mas a psicológica, patrimonial, sexual e moral.

“Nas nossas estatísticas prevalece a violência física. Muitas vezes nós não sofremos, mas conhecemos alguém que precisa de nosso apoio e, por meio de uma denúncia, nós podemos solucionar alguns casos”, afirma Gesiléia Silva.

50 Ruivas em Tom de Liberdade

Para retratar o tema, a exposição "50 Ruivas em Tom de Liberdade", do fotógrafo, Gerson Militão, também mostra uma crítica direta pelo fim da violência contra a mulher. O artista fotografou 50 mulheres imperatrizenses como crítica ao livro 50 tons de cinza, que utiliza a mulher como objeto sexual, além de ser vendido sem restrição de idades.

Ele passou um ano fotografando e explica o porquê da escolha pelas ruivas.

“No início eu pensei em fotografar mulheres negras, loiras, porém durante uma pesquisa me atentei para a história das mulheres ruivas que sempre envolvem misticismo, por exemplo, na Grécia Antiga matavam e queimavam as ruivas porque eles acreditavam que elas ressuscitariam como vampiros. No Egito Antigo, os faraós a matavam para usarem os cabelos como perucas”.

Onde procurar ajuda

O Cram, Centro de Referência e Atendimento a Mulher, localizado na Benedito Leite, trabalha em parceria com a Delegacia da Mulher, promotoria especializada da mulher, defensoria pública estadual e secretaria da mulher, com o objetivo de auxiliar as mulheres que sofrem violência.

A rede conta, ainda, com a casa abrigo, que é utilizada quando as mulheres estão correndo risco de morte. É uma casa sigilosa, onde são atendidos e abrigados mães e filhos.

Dados

Em um levantamento realizado pelo Cram, de 2010 até outubro de 2014, em Imperatriz foram atendidas cerca de 350 mulheres. A maioria delas sofrem de violência física e religiosa. Os dados revelam ainda que elas não possuem ensino fundamental completo e na maioria das vezes dependem dos benefícios sociais.

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