IMPERATRIZ – O primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, Marcos Pontes, ministrou em Imperatriz, neste fim de semana, a palestra intitulada “Seu limite é a sua expectativa, é possível tornar seus sonhos em realidade”.
A palestra foi realizada no auditório da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Centro, como parte da programação da 7ª edição da Feira de Ciências e Tecnologia Sul do Maranhão (Fecitec), evento que reuniu pesquisadores de várias partes do país, como México, Paraguai e Colômbia.
“Eu vim para fechar essa feira, essa apresentação e falar um pouco sobre a minha história e,quem sabe, inspirar alguns jovens para as carreiras de ciências e tecnologia, para que eles vejam que é possível”, justificou Marcos Pontes, em entrevista exclusiva ao Portal Imirante Imperatriz, momentos antes do início da palestra.
O convidado especial ainda fez questão de ressaltar que a visita foi em atendimento a um convite do professor Alexandre Passos, presidente do Núcleo de Divulgação Cientifica da Região Tocantina, a quem considera uma referência nacional na área educacional.
Durante aproximadamente uma hora, Marcos Pontes falou sobre os desafios que enfrentou, desde a infância pobre em Bauru, no interior de São Paulo, onde morava com os pais Virgilio e Zuleica, até chegar ao posto de astronauta brasileiro a ir ao espaço. Ele lembrou que, em algumas vezes na adolescência, chegou do colégio e encontrou sua casa alagada.
Pontes ressaltou que ministra palestras como essa em todo o Brasil para incentivar os estudantes a seguirem carreiras ligadas a área de ciência e tecnologia. “Não importa a situação que você esteja no começo, se é muito difícil, se você tem dinheiro ou não tem dinheiro, o importante é que você consegue realizar o seu sonho se você se esforçar e se você estudar” reafirmou.
Ele relembrou que foi aprendiz mirim, trabalhou na Rede Ferroviária Nacional e estudava nas horas de folga no próprio trabalho, além de ser muito grato aos professores que o ajudaram tirando dúvidas. Mais difícil do que conciliar trabalho e estudo, segundo ele, foi lidar com as críticas de quem não acreditava que pudesse ir tão longe por ser pobre e não ter condições de pagar os estudos.
“Um dia cheguei em casa meio chateado e minha mãe chegou para mim e perguntou: o que foi muleque? Falei para ela que falaram que nunca poderia ser piloto porque era pobre e ela me deu uma lição que nunca esqueci”, relembrou Pontes, acrescentando que a mãe afirmou que “Eles têm a vida deles e você tem a sua. Você consegue ser o que quiser na vida, desde que estude, trabalhe, persista e sempre faça mais do que esperam de você”.
Nesse encontro com estudantes, Marcos Pontes destacou vários momentos de sua vida e um fator que chamou a atenção foi a simplicidade, a modéstia e o orgulho de ser brasileiro. O grupo de expectadores era pequeno, se comparada a importância da palestra (cerca de 100 pessoas), a maioria estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas, mas em nenhum momento o palestrante se mostrou desapontando com o número de participantes. A visita de Marcos Pontes pegou de surpresa, até mesmo, a imprensa.
Pontes reforçou que desejava ver futuramente pessoas da platéia em lugar de destaque, quem sabe, chegando a postos altos como o de integrante da Organização das Nações Unidas(ONU).
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