IMPERATRIZ - Representantes das três esferas de governo voltarão a se reunir em Imperatriz em dezembro para discutir o beribéri, doença caracterizada pela ausência de vitamina B1 no organismo. No primeiro semestre do ano passado, 47 pessoas morreram no Maranhão em conseqüência da doença. A pauta do encontro marcado para o dia 5, na antiga Fundação Nacional de Saúde (Funasa), será a aplicação do Plano Municipal de Enfrentamento ao Beribéri.

A gestora de Saúde da regional de Imperatriz, Luiza Queiroga, explicou que secretários e profissionais de saúde dos municípios participantes terão a oportunidade de tirar dúvidas sobre o plano de enfrentamento à doença e trocar informações sobre o tratamento prestado aos pacientes.

Luiza Queiroga fez questão de dizer que os casos de beribéri notificados no primeiro semestre de 2006 corresponderam a um surto da doença que já está controlada. “Desde o último caso, nunca mais tivemos morte graças ao empenho de cada uma das esferas de governo que fez e continua fazendo sua parte. Aqui, por exemplo, temos tiamina (vitamina B1) a vontade”, frisou a gestora.

PROTOCOLO

Como forma de combate e tratamento do Beribéri, o Ministério da Saúde criou um Protocolo de Intenções em que Estado e municípios se comprometeram a fazer sua parte. A partir daí, foram criadas equipes de trabalho e investigações, além da assistência e acompanhamento regular aos pacientes. Coube à Secretaria de Estado da Saúde criar um comitê para coordenar os municípios.

“Imperatriz tem como apoio à gestão estadual e a regional a coordenadora Iracilda Viana, duas consultoras contratadas pelo Estado e duas consultoras pelo Ministério da Saúde. Uma delas é a nutricionista Denise Portugal, que orienta na questão alimentar. Essas consultoras percorrem os municípios com o pessoal do Programa Saúde da Família”, frisou Luiza Queiroga.

Apesar do surto ter sido controlado, os profissionais de saúde receberam recomendações para manter as buscas nos municípios, visando identificar possíveis novos casos da síndrome neurológica. Sobre os pacientes, alguns já estão praticamente recuperados. “Mesmo assim, nós vamos continuar visitando esse paciente para ter certeza de que ele ficou curado”, finalizou a gestora.

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