Rádio e TV

Beribéri será combatido com boas práticas agrícolas

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h52

IMPERATRIZ - O Governo Federal já traçou metas para combater o beribéri no Maranhão. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Coordenação de Controle de Resíduos e Contaminantes (CCRC), definiu as primeiras ações para a divulgação de boas práticas agrícolas de pós-colheita na cultura do arroz de produção familiar.

Para este ano, a divulgação das boas práticas será realizada por meio de programas de rádio e, para 2008, além do rádio, serão utilizados o programa de TV da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o ‘Dia de Campo’, e um DVD, que será o instrumento de trabalho dos agentes multiplicadores de instituições maranhenses governamentais e não-governamentais entre os produtores de arroz.

Para rádio, já foram produzidos os 10 primeiros programas que serão exibidos por meio do ‘Prosa Rural’, da Embrapa, com transmissão em diversas emissoras de rádios da região de Imperatriz. Os programas foram produzidos nos dias 24 e 25 de outubro, em Goiânia (GO), na primeira reunião conjunta de trabalho entre técnicos da CCRC e da Embrapa Arroz e Feijão.

DEFICIÊNCIA

O beribéri é uma deficiência aguda de tiamina (vitamina B1) no organismo, causada pela ingestão de alimentos deficientes nessa vitamina. A deficiência pode estar sendo agravada pelo consumo de arroz produzido por pequenos agricultores locais, que, colhido e armazenado em condições impróprias, torna-se contaminado com toxinas produzidas por fungos.

Esses fungos ocorrem naturalmente no ambiente, mas estão causando esta contaminação no arroz apenas devido ao uso de práticas agrícolas inadequadas de pós-colheita.

Desde meados de 2006 até agora, em 29 municípios da Região Tocantina, houve notificação de aproximadamente 500 casos de beribéri, com 42 óbitos. Para se ter uma dimensão da questão, em 2005, nos 29 municípios atingidos, foram cultivados 95.301 hectares (17,83% da área plantada com arroz no Maranhão), de onde foram colhidas 142.215 toneladas de arroz em casca (21,12% da produção maranhense no ano).

Por ser um problema de saúde pública que persiste, é necessária a atuação de profissionais das áreas de saúde e agricultura na busca de uma solução, o que torna essencial o envolvimento efetivo do Mapa no caso.

FUNGOS

Pesquisadores confirmaram que o problema deve-se às práticas agrícolas inadequadas, que permitem que diferentes fungos contaminem o produto, tornando-o um alimento não seguro para consumo humano ou animal.

Assim sendo, o ponto principal a ser trabalhado é a mudança de hábitos desses agricultores, para que passem a adotar boas práticas agrícolas de pós-colheita de seu arroz, evitando a contaminação.

Com a adoção de boas práticas, é esperada a redução do número de casos de beribéri na região. É sabido que a mudança de hábitos arraigados não é imediata, demandando trabalho e tempo para que ocorra, mas este trabalho deve começar de imediato, para evitar que o problema se repita a cada safra e se agrave ainda mais.

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