GODOFREDO VIANA - A Polícia Federal investiga mais uma mineradora clandestina no município de Godofredo Viana. Foi deflagrada a operação Grimpas - Areal Devastado na manhã desta quinta-feira (28).
A ação policial tem como objetivo de combater a extração ilegal de minério (ouro), e danos ambientais, em Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses.
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A operação partiu de um inquérito policial, que foi instaurado para apurar a notícia de que no Povoado Areal, em Godofredo Viana, havia sido instalada uma mineração de ouro clandestina, causando intensa degradação ambiental, como a contaminação do corpo hídrico por metais pesados, como mercúrio, além de supressão da vegetação e consequente erosão do solo.
Foi constatado, pela equipe de investigadores da PF, um cenário de completa destruição e degradação ambiental, com diversos garimpos clandestinos na região e maquinário de grande porte, como escavadeiras e tratores.
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A ação ocorreu nos municípios de Godofredo Viana e Luís Domingues, no Maranhão, e na cidade de Ananindeua, no Estado do Pará, empregando mais de 100 agentes públicos, incluindo Polícia Federal, Ibama e Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.
Esta é a segunda etapa da operação, que se iniciou nessa quarta (27), quando a Polícia Federal prendeu um suspeito após encontrarem, em sua residência, armas de fogo e 415 gramas de ouro avaliado em R$ 127.209,95. Foram cumpridos ainda, quatro mandados de busca e apreensão em Godofredo Viana e outros dois em São Luís, sendo cinco em domicílios, e um em toda a área do garimpo ilegal, que devido à enorme extensão, foi dividido em 12 zonas.
Durante a investigação, foram identificadas as pessoas envolvidas na atividade de garimpo ilegal. Donos das terras (pai e filho) cobravam aos garimpeiros um percentual do valor do ouro extraído no local. Segundo a PF, um dos investigados já foi prefeito do município de Godofredo Viana, e é réu pela mesma prática dos crimes sob investigação, decorrente de outro inquérito policial.
Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, por explorar sem autorização legal recurso mineral, bem pertencente à União, o que causa graves prejuízos aos cofres públicos, já que não é recolhido o tributo da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, além de contrabando, receptação qualificada e diversos crimes ambientais previstos na Lei 9.605/98.
O Comando de Operações Táticas (COT), o Grupo de Pronta Intervenção (GPI), ambos grupos especializados da Polícia Federal, e o Centro Tático Aéreo da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão também participaram da operação.
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