Greve dos professores completa duas semanas

Imirante.com / O Estado do MA.

Atualizada em 27/03/2022 às 15h15

CAXIAS - Os professores da rede municipal de ensino de Caxias estão há duas semanas em greve. A paralisação decretada por tempo indeterminado conseguiu a adesão de 80% dos professores, segundo o comando de greve. O motivo da greve é a falta de reajuste salarial da categoria, que vem sendo pleiteado pelo movimento sindical desde setembro do ano passado.

Os professores, que já pararam suas atividades outras vezes, estão realizando atividades diferentes durante esse período. Diariamente, a categoria está se reunindo na sede do sindicato, localizada na rua da Alegria, onde discute o andamento do protesto e programa novas manifestações.

Em contrapartida, com a greve, a prefeitura contratou 18 novos professores para substituir os grevistas, em especial os da escola de ensino médio Cônego Aderson Guimarães Júnior, entretanto os alunos da escola resolveram boicotar a iniciativa da prefeitura e não estão freqüentando a sala de aula em solidariedade ao magistério municipal.

As negociações entre os professores e a prefeitura ainda não foram retomadas desde que a greve teve início. Eles exigem um aumento de 70% sobre o piso salarial, que é de R$ 240,00 para todos os níveis, enquanto o município informou que só poderia conceder 8% de aumento, algo em torno de R$ 16,00, o que, segundo os grevistas, é irrisório, tendo em vista os diversos recursos que eles alegam que o município recebe mensalmente, inclusive um repasse de mais de R$ 28 milhões que pode ser utilizado para pagar os fundos educacionais.

Conforme informações do coordenador municipal de educação, Manoel Barradas, a prefeitura tentou entrar em consenso com os professores. Para isso foi instituída uma comissão que estava dialogando com a categoria. Segundo Manoel Barradas, foram os professores que se levantaram durante uma reunião e em seguida deram um ultimato à prefeitura comunicando que se caso não fossem atendidos em 48 horas, decretariam greve.

O coordenador afirma que ainda não sabe se os professores grevistas serão penalizados. A situação de cada um deles será encaminhada, por meio de processo, para a Procuradoria do Município. Caso a greve se estenda por muito tempo e chegue a prejudicar os alunos, ele enfatiza que a prefeitura já tem um plano de emergência e poderá continuar contratando novos professores para substituir os grevistas. Atualmente, a rede de ensino do município tem 2.124 professores, sendo 1.169 no ensino fundamental, 68 no ensino médio e 65 na educação especial.

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