Transporte de turistas da cidade é fachada para falsas empresas

Imirante.com / O Estado do MA.

Atualizada em 27/03/2022 às 15h16

CAXIAS - O transporte de turista é uma das áreas do setor da economia que vem apresentando crescimento nos últimos meses na região de Caxias.

Só que a maioria das empresas está utilizando o turismo para camuflar a clandestinidade. Na verdade, as empresas estão atuando no ramo do transporte coletivo. As passagens são vendidas por preços abaixo do praticado no mercado pelas empresas regularizadas.

A fiscalização parece não se preocupar com os vendedores de passagens, embora essas agências enfatizem o comércio de bilhetes com faixas ou pinturas nas paredes, especificando o serviço e os locais para os quais são vendidas as passagens.

Essas empresas atuam sem qualquer registro ou alvará que liberem o seu funcionamento. Todas elas ficam localizadas no endereço de uma residência. As passagens são vendidas para diversos locais do país, principalmente São Paulo, Brasília, Goiânia, Palmas, São Paulo e Fortaleza. Segundo os proprietários, todos os ônibus trabalham de forma legalizada e não há nenhum risco para os passageiros durante as viagens.

Para realizar essa reportagem, a equipe de O Estado atuou como cliente e detectou um fato curioso, especialmente no caso da empresa Jackson Tur. O proprietário mostrou-se desconfiado quando foi interpelado a respeito das vendas de passagens e serviços oferecidos pela empresa.

A agência só vende as passagens por meio de telefone. Ele não revela o endereço, e para confirmar a venda ele vai até a casa do interessado entregar as passagens, e somente após a confirmação da compra, é que ele revela o local de saída do ônibus.

“Temos ponto de apoio em cada parada do ônibus e seguro para todos os passageiros. Quando o nosso transporte quebra no meio da estrada, o passageiro não fica na mão, nem precisa se preocupar, pois mandamos outro veículo”, afirmou Jackson por telefone.

A comerciante Ana Maria Dias Carneiro Lima lembra que fez uma viagem por meio dessas empresas para o Paraguai, há cerca de dois anos, e que o percurso foi um tormento, pelo qual ela não quer passar novamente.

O vendedor ambulante José Ribamar da Costa Cavalcante afirma que fez uma viagem com a família para Fortaleza com passagens compradas em uma empresa sem referência.

Ele disse que não passou pelos mesmos transtornos, mas em alguns pontos da viagem o motorista adotou rotas alternativas, o que gerou medo e desconforto entre os passageiros.

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