Polícia recupera apenas R$ 300 jogados pela janela de Câmara de Vereadores
Vereador Sababa Filho jogou R$ 250 mil da janela da Câmara Municipal de Cândido Mendes com a alegação de que teria sido subornado pelo prefeito.
CÂNDIDO MENDES - A Polícia Civil informou ter recuperado até o momento apenas R$ 300 de um total de R$ 250 mil que teria sido lançado pela janela da Câmara Municipal de Cândido Mendes, pelo vereador Cleverson Pedro Sousa de Jesus, o Sababa Filho (PCdoB), fato que ganhou repercussão nacional no início deste mês.
A polícia mantém investigação do caso e busca tentar recuperar um valor mais significativo, embora as chances sejam quase que nulas, passados exatos 14 dias do episódio.
Na ocasião da “chuva de dinheiro”, como ficou nacionalmente conhecido o caso, Sababa Filho afirmou que o prefeito, José Bonifácio Rocha de Jesus, mais conhecido como Facinho (PL), havia tentado o subornar com o montante em espécie.
Antes de lançar o dinheiro na rua, o vereador levou as cédulas de R$ 50 e R$ 100 para a tribuna da Câmara. O montante estava guardado numa mochila preta, que foi aberta pelo parlamentar durante o seu discurso.
Ele organizou o dinheiro sobre a tribuna, disse que não havia “nada a temer” e fez as graves acusações contra o prefeito. Logo em seguida, ao se dirigir à janela do prédio da Câmara, ele justificou o ato: “esse dinheiro é do povo”.
O montante lançado na rua provocou tumulto na frente do prédio do Legislativo, e chamou a atenção de transeuntes, que se empurravam para resgatar as cédulas do chão. Houve alvoroço e gritaria.
A cena foi gravada e logo ganhou repercussão nas redes sociais e na imprensa.
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Negou
O prefeito Facinho negou as acusações de tentativa de suborno e afirmou que iria acionar o vereador na Justiça por calúnia e difamação.
A alegação de Sababa é de que o prefeito havia o entregue dinheiro em troca de sua renúncia na Câmara. A renúncia beneficiaria um suplente, aliado do Executivo Municipal.
O vereador chegou a assinar a carta-renúncia, mas antes de fazer o protocolo na Casa, apresentou o documento ao Plenário, rasgou e denunciou o suposto esquema, que agora é investigado pelo Ministério Público.
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