Reação

'Muito abuso, muita arbitrariedade', diz advogado sobre afastamento de vereadores em Cândido Mendes

Carlos Sérgio Barros diz que "tudo será desfeito".

Gilberto Léda/ipolítica

Atualizada em 02/08/2024 às 07h49
Sessão da Câmara de Cândido Mendes foi marcada por confusão entre vereadores (Reprodução/Instagram/Moisés da Rosca)

CÂNDIDO MENDES - O advogado Carlos Sérgio Barros, que representa o prefeito de Cândido Mendes, José Bonifácio de Jesus, o Facinho (PL), criticou nesta sexta-feira (2), em contato com o Imirante, a decisão da Câmara Municipal de afastar dos mandatos cinco vereadores governistas.

Foram retirados dos cargos, por 60 dias, os parlamentares Tayron Gabriel, Wadson Jorge, Nívea Soares, Wherbert Barbosa e Joelson Reis. Eles são acusados de obstruir os trabalhos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para apurar denúncias de supostas nomeações de funcionários fantasmas na gestão municipal da Educação.

“Sonegam documentos, precisamos de alguma coisa. Estamos procurando. Mas tudo será desfeito”, declarou Barros. “Pena que não sejam responsabilizados por abuso de autoridade Mas vamos tentar implica-los criminalmente. É muito abuso, é muita arbitrariedade”, completou.

Entre os vereadores afastados, dois faziam parte da CPI: Tayron Gabriel, Wadson Jorge.

Agressão - Durante a sessão que culminou com a retirada temporária dos vereadores dos seus mandatos, na quinta-feira (1º), houve confusão entre parlamentares.

Sababa Filho (PCdoB), que preside a CPI - e que ficou famoso após jogar dinheiro para a população após denunciar suposta corrupção praticada pelo prefeito - foi filmado empurrando o colega de plenário Tayron Gabriel, um dos afastados.

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Em entrevista à Mirante News FM, o parlamentar disse que a CPI já identificou fantasmas que moram em São Luís - duas empresárias do ramo de estética - e até em Santa Catarina.

“Só conseguimos essas informações a partir da folha de pagamento gerada pelo banco, porque até isso estava sendo negado à CPI pela gestão do prefeito”, reclamou o comunista.

Não é a primeira vez - Dos cinco vereadores afastados nesta quinta-feira, quatro deles já havia sido afastados dos mandatos anteriormente pela Câmara de Cândido Mendes.

Em outubro do ano passado, Tayron Gabriel, Wadson Jorge, Whebert Barbosa e Nivea Soares também foram retirados dos cargos.

Na ocasião, eles só conseguiram retornar após decisão do ministro Gilma Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STDF), que entender que a Câmara Municipal seguiu um procedimento heterodoxo, ou seja, sem amparo legal, para cassar mandatos. 

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