Manifestação

"Quem levou punhalada foi a democracia", diz Bolsonaro após condenação

Bolsonaro se manifestou pela primeira vez após a condenação no TSE ao falar com jornalistas em Belo Horizonte; ele está inelegível por 8 anos.

Ipolítica, com informações do UOL

Bolsonaro criticou a decisão do TSE e disse ter sido vítima de julgamento político (José Cruz / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou pela primeira vez após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter o condenado por abuso de poder político e o tornado inelegível por 8 anos. Ele disse que a democracia foi quem levou a punhalada, em referência à facada da qual foi vítima na campanha eleitoral de 2018.

Bolsonaro criticou a atuação do TSE durante o processo eleitoral de 2022 e disse que teve os direitos cassados em um “julgamento político”. 

“O Tribunal Superior Eleitoral trabalhou contra as minhas propostas. Fui proibido de mostrar imagens do Lula defendendo aborto, proibido mostrar imagem do Lula dizendo que pode roubar um celular pra tomar uma cervejinha, proibido de mostrar imagem do Lula com o boné do CPX, lá do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, proibido de fazer live na sua casa, proibido de mostrar imagens do 7 de setembro”, listou o ex-presidente.

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Punhalada 

Ele comparou a cassação ao atentado que sofreu durante a disputa eleitoral em 2018.  

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“O dia vai ser emblemático para mim como foi o 6 de setembro de 2018, quando levei uma facada pela frente. Hoje, levei uma punhalada. Quem levou uma punhalada não foi Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira”, pontuou. 

O ex-presidente disse que sempre respeitou a Constituição e trabalhou dentro das “quatro linhas”. Ele também minimizou a responsabilização de pessoas eleitas a cargos públicas punidas pelo compartilhamento de fake news. 

“Nem existe, no nosso arcabouço jurídico, a figura de fake news, e tem gente sendo presa, condenada, expulsa, páginas desmonetizando, por causa disso”, comentou. 

Ele também direcionou críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. 

“O que nós estamos assistindo é, basicamente, um poder judiciário, através de uma pessoa, tomando medidas de acordo com a sua cabeça”, declarou.

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