BRASÍLIA - O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL) se posicionou a respeito das críticas sobre o fato de ele não ter interferido diretamente no nomes escolhidos pelos partidos políticos para comandarem algumas das mais importantes comissões permanentes da Casa.
A ala governista ficou insatisfeita com a derrota e tentou pressionar Lira pelo fato de alguns bolsonaristas terem conseguido ser eleitos para os colegiados.
Lira avaliou que o assunto está sendo "supervalorizado". Ele lembrou que desde o ano passado foi firmado um acordo entre os partidos da Casa por um rodízio nas principais comissões. "A única coisa que cabia definir era o ano em que cada um ocuparia a presidência da comissão", explicou.
"Nenhum presidente da Câmara tem direito ou atribuição de interferir na escolha dos líderes para as comissões. Eu não posso, assim como o Pacheco [presidente do Senado] não pode. Assim como não puderem [Michel] Temer ou Aécio [Neves] e outros presidentes da Câmara", enfatizou
Arthur Lira disse ainda que usar o cargo para vetar a escolha garantida pelo regimento aos líderes de cada partido seria abuso. "Isso seria antidemocrático -- e, além do mais, eu não faço censura a nenhum deputado”, pontuou.
Ele sustenta que não haverá alteração no andamento de projetos na Casa, porque o Plenário não será "sequestrado pelas comissões".
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“Não há celeuma. Nem eu sou dono do plenário, nem presidente de comissão é dono da pauta de comissão. Toda comissão temática é importante. Mas elas não sequestram o Parlamento. Assim como o Parlamento não sequestra o governo”.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o não envolvimento de Lira no veto a alguns indicados pelo PL que são considerados conservadores, como Nikolas Ferreira (PL-MG), escolhido para comandar a Comissão de Educação da Casa.
“No ano de minha eleição para a presidência da Câmara foi feito um acordo para o rodízio de partidos nas principais comissões. Eu honro todos os acordos que faço. E tenho um compromisso com a estabilidade”, prosseguiu Lira.
Ele ainda deu um recado a governistas sobre a mistura dos debates entre ocupantes de comissões e sua sucessão. Lira tem mandato de presidente da Casa até o início do ano que vem. "Querer apressar a disputa da Câmara como a do Senado é querer enfraquecer o Parlamento. É uma estratégia”, finalizou.
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