SÃO PAULO - O dólar à vista fechou em leve queda ante o real nesta segunda-feira (24), longe das mínimas registradas na sessão, com as oscilações no mercado de câmbio se estabilizando na parte da tarde em meio a variações discretas nas moedas também no exterior, num dia marcado por otimismo sobre tratamentos contra a covid-19.
A moeda caiu 0,22%, cotado a R$ 5,594 na venda. Na mínima, atingida ainda na primeira hora de negócios, chegou a R$ 5,559 (-0,85%) e, na máxima (alcançada por volta de 11h30), bateu R$ 5,613 reais (+0,11%).
No meio da tarde, quando o dólar era cotado por volta de R$ 5,57 reais, a notícia de que o governo decidiu adiar o anúncio do pacote de medidas econômicas previsto inicialmente para amanhã (25) ajudou a alimentar alguma pressão de compra de dólares, que na sequência voltou a superar R$ 5,60 reais, fechando o pregão perto desse patamar.
O pacote de medidas prometido pela equipe econômica é visto como uma oportunidade de o governo enviar um forte sinal ao mercado sobre gestão responsável das contas públicas. Ruídos internos na área econômica do governo e com outros ministérios geraram apreensão sobre riscos de aumento adicional de gastos depois de 2020, o que comprometeria a confiança na trajetória fiscal.
Na semana passada, o dólar emendou a quarta semana consecutiva de valorização --o que não ocorria desde o fim de abril--, amparado pelo somatório de desconforto fiscal doméstico e reavivamento da divisa no exterior.
Bolsa
O Ibovespa, índice de referência da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta hoje, acompanhando bolsas no exterior, enquanto no Brasil agentes financeiros aguardam o anúncio do novo pacote econômico. O Ibovespa subiu 0,77%, a 102.297,95 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,2 bilhões.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas, após a Food and Drug Administration (FDA) autorizar o uso emergencial de plasma sanguíneo - rico em anticorpos - em pacientes em tratamento de covid-19.
A possibilidade de os EUA acelerarem uma vacina experimental contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, conforme noticiou o Financial Times, também repercutiu positivamente.
No Brasil, com a temporada de balanços caminhando para o final, o cenário fiscal ganha mais relevância, principalmente com a perspectiva de novas medidas para apoiar a recuperação econômica do país.
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